Teste de 2024 reprova 18 marcas de creatina; veja os riscos e detalhes

A Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) divulgou, em 2024, um laudo detalhado sobre a qualidade das creatinas comercializadas no país. Entre as 88 marcas analisadas, 18 foram reprovadas, apresentando inconformidades graves entre o teor de creatina informado no rótulo e o conteúdo real dos produtos.

Dessas 18 marcas reprovadas, um dado alarmante é que 10 apresentaram uma variação de 100%, o que indica que esses produtos contêm substâncias desconhecidas, sem qualquer quantidade de creatina, caracterizando um caso de fraude contra o consumidor. A legislação brasileira permite uma variação de até 20% entre o teor de creatina informado e o real; valores acima disso tornam o produto irregular, impedindo sua circulação legal no mercado.

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Produtos de creatina fraudados e os riscos à saúde

A análise revela que, dos produtos reprovados, 56% apresentaram variação negativa de 100%. Entre esses produtos, cinco pertencem a um mesmo fabricante, levantando preocupações sobre o impacto da fraude no mercado e na saúde pública. O consumo de suplementos com substâncias não identificadas pode causar intoxicações graves e até mesmo risco de morte, considerando a falta de informações precisas sobre os ingredientes presentes.

Confira as marcas reprovadas:

Análises em laboratório e processos judiciais

As análises foram conduzidas por um laboratório de qualidade analítica com certificação internacional, que examinou a segurança, identidade, composição e pureza dos produtos testados. Esse rigor tem o objetivo de garantir a integridade dos suplementos alimentares oferecidos no mercado. Contudo, nove das marcas reprovadas obtiveram decisões judiciais para impedir a divulgação pública dos seus nomes, gerando controvérsias sobre a transparência e a proteção ao consumidor.

Dos 88 produtos avaliados, 77% foram aprovados, indicando conformidade com os requisitos de qualidade e segurança. A Abenutri reforça que a fiscalização constante e a responsabilidade dos fabricantes são fundamentais para assegurar a saúde e o bem-estar dos consumidores de suplementos alimentares no Brasil.

Fonte: Com informações de Abenutri e Metrópoles.