Delegados Esclarecem Investigação do Homicídio de Pedro Granato e Prisão da Suspeita

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Delegados Cleyson Rodrigo Brene e Maria Cecília Gomes Flora.

A Polícia Civil de Poços de Caldas prendeu nesta terça-feira (6) N.C.C., de 22 anos, suspeita de ser a responsável pelo homicídio de Pedro Granato Oliveira, de 34 anos, ocorrido em 28 de julho. A prisão ocorreu nas dependências de uma clínica com o apoio de policiais civis de Petrópolis, RJ. Após a detenção, a suspeita foi encaminhada ao presídio municipal.

O crime aconteceu na Rua Nacib Nacle, por volta das 19h30. Segundo a Polícia Militar, testemunhas relataram que a vítima foi vista descendo por um barranco, conhecido como Morro do Chapéu, antes de cair ao chão. Pedro Granato Oliveira apresentava um corte profundo no pescoço e estava perdendo muito sangue. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a vítima já foi encontrada sem vida.

O mandado de prisão temporária contra N.C.C. foi cumprido com a colaboração da equipe policial do Rio de Janeiro, destacando a integração das forças policiais na resolução de casos de homicídio.

Coletiva de Imprensa

Os delegados Cleyson Rodrigo Brene e Maria Cecília Gomes Flora concederam uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (7) para detalhar o andamento das investigações. Durante a coletiva, a delegada Maria Cecília informou que as autoridades iniciaram as investigações imediatamente após a denúncia do homicídio. Na terça-feira (6), N.C.C. foi detida no estado do Rio de Janeiro com o apoio das forças policiais locais. Ela foi transferida para Poços de Caldas, onde passará por exames no Instituto Médico Legal e será encaminhada ao sistema prisional.

O delegado Cleyson Rodrigo Brene detalhou que a investigação começou com a identificação da vítima. Pedro Granato Oliveira foi identificado após a análise de suas tatuagens, mencionadas em redes sociais, e por meio de um reconhecimento informal feito por seus familiares. A empresa onde a vítima trabalhava também confirmou seu desaparecimento, ajudando a consolidar seu perfil.

Passagens Criminais da Suspeita

Durante a investigação, a equipe ficou em alerta ao descobrir a quantidade de passagens policiais que N.C.C. possuía, o que chamou a atenção dos investigadores, considerando sua pouca idade.

Apesar de ter apenas 22 anos, ela já havia se envolvido em pelo menos dois episódios de violência significativos na região.

Em um incidente em Machado, ela esfaqueou o namorado e a mãe dele, e, em outro episódio no mesmo condomínio, N.C.C. atacou uma amiga também com uma faca.

O modus operandi semelhante nesses casos anteriores despertou suspeitas das autoridades sobre um possível padrão de comportamento.

Além disso, o delegado Cleyson Brene informou que N.C.C. possui uma passagem policial no Texas, Estados Unidos, embora ainda não haja informações detalhadas sobre esse registro.

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Investigações

As investigações levaram a equipe ao condomínio onde a vítima residia com a suspeita. Análises das câmeras de segurança confirmaram que o casal passou a tarde do crime juntos e que estavam sozinhos ao deixar o local por volta das 19h. Após o crime, N.C.C. retornou sozinha ao condomínio, comportamento registrado pelas câmeras.

A prisão temporária de 30 dias foi solicitada para aprofundar as investigações. A defesa apresentou documentos sobre o estado psicológico de N.C.C., o que pode levar a um pedido de exame de insanidade mental.

Perícia

Contrariando informações divulgadas anteriormente, o delegado Cleyson Rodrigo Brene afirmou que a perícia esteve no local do crime e entregou um laudo detalhado, incluindo anexos fotográficos e imagens aéreas, que serão fundamentais na análise do caso. Material genético foi coletado e enviado para análise em Belo Horizonte.

Próximos Passos

Os próximos passos da investigação incluem a oitiva da suspeita para entender sua versão dos fatos. A defesa pode solicitar uma reconstituição do crime e um exame de insanidade mental, com base nos documentos apresentados. A motivação do crime ainda não foi esclarecida, e a polícia continua a investigar as circunstâncias que levaram ao homicídio.