Meteoric Construirá Planta-Piloto em Minas Gerais para Testar Terras-Raras: Poços de Caldas ou Caldas Receberá Unidade
Atualizado em 22/05/2024
A Meteoric Resources, empresa australiana que está desenvolvendo um projeto de terras-raras no Sul de Minas Gerais, vai construir, ainda neste ano, uma planta-piloto para testar o minério extraído nos depósitos de Poços de Caldas e Caldas já em 2025. A mineradora ainda não definiu em qual dos dois municípios o empreendimento será construído porque está avaliando qual é a melhor opção no aspecto econômico e para a parte de licenciamento ambiental.
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As informações são do diretor-executivo da Meteoric, Marcelo de Carvalho.
Ele também relevou ao DIÁRIO DO COMÉRCIO que a companhia protocolou, nesta semana, o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do projeto Caldeira. Ainda de acordo com o gestor, o Estudo de Pré-Viabilidade Econômica do empreendimento de terras-raras, estimado para entrar em operação comercial daqui a três anos, foi concluído.
Carvalho disse que os licenciamentos ambientais estão andando dentro do cronograma previsto pelo grupo. A expectativa do diretor é que a licença prévia seja concedida no fim de 2024 e a licença de instalação no quarto trimestre do próximo exercício. “Com isso, teremos um ano e meio para construir e, em 2027, colocar no mercado nosso primeiro produto. Esse é o objetivo.”
As perspectivas do dirigente são as melhores. Ele diz que o projeto está sendo desenvolvido rapidamente graças a parcerias, por exemplo, com o governo estadual, por meio da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Invest Minas). Outro fator que está ajudando, segundo o executivo, é a qualidade dos depósitos minerais.
Ele afirma que as jazidas de Poços de Caldas e Caldas, além de outras encontradas em Minas Gerais, são as melhores em termos globais de teor dos minérios e recuperação metalúrgica e serão os maiores em toneladas produzidas. Somente o empreendimento da Meteoric deverá ser responsável por produzir mais de seis mil toneladas anuais de óxido de terras-raras.
Carvalho espera que o cronograma do empreendimento seja cumprido e o Caldeira se torne a próxima mina de terras-raras do mundo e a mais sustentável, colocando o Estado de Minas Gerais “como um dos maiores, quiçá, o maior produtor mundial deste tipo de mineral”.
Investimentos e geração de empregos
A mineradora australiana pretende investir mais de R$ 1 bilhão, no período de três anos, na extração de argila iônica em terras-raras em Minas Gerais. Conforme o executivo, na fase de construção do empreendimento, mais de 900 empregos devem ser gerados. Já na etapa de operações, a previsão é que sejam criados de 500 a 600 postos de trabalho diretos, segundo ele.
Vale lembrar que o projeto da Meteoric no Estado ganhou reforço no caixa, no fim do ano passado, com a venda de um projeto de ouro da empresa, no Mato Grosso, para a Keystone Resources, por US$ 17,5 milhões. À época, Carvalho chegou a ressaltar que, com o capital da transação, o grupo teria mais recursos para investir na exploração das terras-raras.
Venda de parte da produção da Meteoric
No início deste mês, a Meteoric anunciou que venderá parte da futura produção do Caldeira para a Neo Performance Materials. As empresas assinaram um memorando de entendimento (MoU) não vinculativo que prevê a retirada de três mil toneladas métricas (MT) de óxido de terras-raras totais por ano do empreendimento. Os materiais serão utilizados para abastecer a planta de fabricação de ímãs permanentes de elementos raros do grupo canadense na Europa.
A mineradora informou que espera que o prazo do acordo se estenda até que sejam destinados 30 mil toneladas métricas, com cláusula de renovação habitual para subsequentes termos.
Fonte: Diário do Comércio.
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