Macacos mortos acendem alerta para febre amarela no Sul de Minas
Atualizado em 27/01/2025
O registro de mortes de macacos em cidades do Sul de Minas, incluindo Poços de Caldas, acendeu um alerta para a febre amarela na região. Desde julho de 2024, 29 macacos foram encontrados mortos na área da Regional de Saúde de Pouso Alegre, sendo que dois casos confirmaram a presença do vírus da febre amarela.
Em Poços de Caldas, a cobertura vacinal contra a doença preocupa. Apenas 79% da população está vacinada, índice abaixo dos 95% recomendados pelo Ministério da Saúde para garantir a proteção coletiva. A situação é ainda mais grave em cidades próximas, como Passos, onde a taxa é de apenas 76%.
A enfermeira Jakelline Resena Souza Silva, especialista em imunização, reforça a importância de monitorar as mortes de macacos como um sinal de alerta:
“O macaco não transmite a febre amarela, mas sua morte é um indicativo de circulação do vírus na região. Quando isso ocorre, intensificamos as ações de vacinação para proteger a população”, explica.
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Além de Poços de Caldas, outras cidades do Sul de Minas, como Ipuiúna, Andradas e Santa Rita de Caldas, também registraram mortes de macacos. Os dois casos confirmados de febre amarela em animais ocorreram em Ipuiúna.
A febre amarela é uma doença viral transmitida pela picada de mosquitos infectados, como o Haemagogus e o Sabethes em áreas silvestres, e o Aedes aegypti em áreas urbanas. O vírus não é transmitido de pessoa para pessoa. A maior incidência da doença ocorre entre dezembro e maio, período marcado por chuvas mais intensas, que favorecem a proliferação dos vetores.
O caso mais recente em humanos no estado foi confirmado em Camanducaia, também no Sul de Minas. Um homem de 65 anos, morador da zona rural, foi infectado e internado em São Paulo. Felizmente, ele se recupera bem.
Diante do aumento das mortes de macacos e da baixa cobertura vacinal, as autoridades de saúde de Poços de Caldas e região reforçam o chamado à população para se vacinar. A vacina contra a febre amarela é gratuita e está disponível nas unidades de saúde.
“Quanto maior o número de vacinados, menor a chance de transmissão do vírus e de surtos da doença”, alerta Jakelline.
A proteção é essencial para evitar novos casos em humanos e conter a circulação do vírus.
Fonte: Com informações de G1.
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