Saúde Mental em Minas: Centros de Atenção Psicossocial oferecem atendimento especializado a jovens vítimas de bullying
Familiares e profissionais do Governo de Minas alertam para os sinais de sofrimento mental em crianças e adolescentes e reforçam a importância do acompanhamento
No Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantojuvenil de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Núbia da Silva compartilha sua experiência com a filha de 17 anos.
“O bullying sofrido na escola foi um gatilho. Ela era uma pessoa que, quando chegava, a alegria chegava junto. Mas passou a ficar muito tempo isolada, sem sair do quarto e usando o celular excessivamente”, conta Núbia.
O impacto do bullying se manifestou no comportamento da adolescente, que passou a apresentar agressividade e, em um momento de crise grave, levou os pais a buscarem ajuda profissional.
Núbia destaca que o atendimento no Caps foi fundamental para a recuperação da filha e também para o fortalecimento da família.
“Fomos ouvidos e acolhidos, e minha filha segue em acompanhamento. Ela já consegue avaliar melhor as situações e se comportar de forma menos intempestiva”, relata.
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A Rede de Atenção Psicossocial em Minas Gerais
A coordenadora de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Taynara Fátima de Paula, explica que os Caps desempenham papel estratégico na Rede de Atenção Psicossocial (Raps).
Com 444 Caps em funcionamento no estado, 60 deles são voltados exclusivamente para crianças e adolescentes em situação de crise causada por transtornos mentais graves e persistentes, incluindo os gerados por bullying.
Taynara ressalta que o atendimento é integrado, começando na Atenção Primária à Saúde (APS).
“As equipes avaliam os casos e encaminham pacientes com transtornos graves ao Caps, onde é desenvolvido um Projeto Terapêutico Singular (PTS)”, explica.
A integração dos serviços inclui leitos hospitalares, atendimentos domiciliares e atividades em grupo, garantindo assistência contínua e personalizada.
Sinais de Alerta
Roberta Pereira, psicóloga do Caps de Santa Luzia, destaca a importância de observar mudanças no comportamento de crianças e adolescentes.
“Humor deprimido, comportamento choroso, heteroagressividade, autoagressividade e queda no rendimento escolar são sinais de alerta. Muitas vezes, o bullying não é identificado de imediato”, explica a psicóloga.
Roberta reforça que o acompanhamento especializado permite entender as causas do sofrimento e oferecer o suporte necessário. Após a estabilização, o cuidado continua integrado ao território da pessoa assistida, conforme a lógica da Raps.
Investimentos e Prevenção
Entre janeiro e novembro de 2024, o Governo de Minas investiu R$ 108 milhões no fortalecimento da Raps. Esses recursos contemplam não apenas os Caps, mas também Serviços Residenciais Terapêuticos, leitos hospitalares de saúde mental, unidades de acolhimento e outros serviços essenciais.
Núbia reforça a necessidade de prevenir e identificar o bullying. “Nenhuma criança ou adolescente merece passar por isso. É nosso dever protegê-los e orientá-los”, finaliza.
Para mais informações
Acesse os canais oficiais da SES-MG ou procure a unidade de saúde mais próxima.
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