Febre Oropouche Avança e Alerta o País: Casos Disparam em 22 Estados e Ministério da Saúde Investiga Novas Mortes
Com mais de 11 mil casos confirmados, a doença transmitida pelo maruim já provocou quatro mortes em 2024. Em Minas Gerais, os registros aumentaram 105% em menos de dois meses.
O Ministério da Saúde está em alerta com o aumento dos casos de febre oropouche, doença transmitida pela picada do maruim (Culicoides paraensis). A infecção, que pode levar à morte e causar anomalias congênitas, já atingiu 22 estados brasileiros, com mais de 11 mil casos confirmados até a segunda semana de dezembro. O avanço do vírus, que antes se concentrava na Região Amazônica, agora se espalha por outras áreas do país.
A quarta morte causada pela doença foi confirmada em Vitória (ES), no último dia 10. Apenas Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul não registraram casos autóctones (de transmissão local).
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Expansão e Sintomas
A febre oropouche é causada pelo orthobunyavirus oropoucheense (OROV), um arbovírus identificado no Brasil na década de 1960. A transmissão ocorre principalmente pela picada do maruim, também conhecido como mosquito-pólvora. Os sintomas incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa e prolongada, dores musculares e nas articulações, tontura, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. A infecção costuma durar de dois a sete dias, mas em alguns casos pode evoluir para quadros graves e até a morte.
Os sintomas são parecidos com os da dengue, nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. Todo caso com diagnóstico de infecção pelo OROV deve ser notificado. O Oropouche compõe a lista de doenças de notificação compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata, em função do potencial epidêmico e da alta capacidade de mutação, podendo se tornar uma ameaça à saúde pública.
Avanço em Minas Gerais
Em Minas Gerais, a febre oropouche foi identificada pela primeira vez em maio de 2024, com quatro amostras detectáveis. Em julho, o número de casos saltou para 147, um aumento de 105% em apenas 56 dias. A maior parte dos registros está concentrada na região do Vale do Aço.
Embora a doença circule no Brasil há décadas, só foi identificada em Minas Gerais este ano, impulsionada pelo aumento da vigilância epidemiológica no estado. A detecção em novas regiões reforça a preocupação com a expansão do vírus para áreas urbanas.
Óbitos e Casos em Investigação
Até o momento, o Ministério da Saúde confirmou quatro mortes – duas na Bahia, uma no Paraná e outra no Espírito Santo. Outras quatro mortes estão sob investigação, com suspeitas em Alagoas, Mato Grosso, Acre e novamente no Espírito Santo.
Além disso, o ministério investiga 24 casos de infecção associada a complicações na gestação. Entre eles, 20 são óbitos fetais em Pernambuco e quatro são casos de anomalia congênita, registrados na Bahia, Acre e Espírito Santo.
Transmissão Vertical e Preocupação com Gestantes
Desde 2023, o Brasil enfrenta casos de transmissão vertical – quando o vírus é passado da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. Quatro casos resultaram em óbito fetal, sendo três em Pernambuco e um no Ceará. O Acre registrou um caso de anomalia congênita relacionado à infecção pelo OROV.
Sem Medicamento Específico
Não há tratamento específico para a febre oropouche. O combate à doença é feito com medidas de suporte, como medicação para alívio de dores e febre, além de hidratação e repouso.
A febre oropouche reforça a necessidade de intensificar campanhas de combate ao mosquito e conscientização sobre os riscos da doença, que se expande pelo território nacional.
Fontes: Agência Brasil, Estado de Minas e O Globo.
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