Adolescentes que obrigaram colega a comer lesma deixam unidade socioeducativa em Poços de Caldas
Três adolescentes, com idades de 13, 15 e 16 anos, que obrigaram um colega de escola, de 12 anos, a comer uma lesma e beber água com cuspe, foram liberados de uma unidade socioeducativa e vão responder ao processo em casa. A decisão foi divulgada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública na última terça-feira (7).
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Os jovens foram desligados da custódia no dia 20 de dezembro de 2024, após determinação judicial. O caso, que apura prática de bullying, segue em tramitação na Vara da Infância e da Juventude.
Segundo a Vara da Infância, os adolescentes irão aguardar as próximas fases do processo, que incluem instrução, audiência e sentença. Eles haviam sido apreendidos no dia 17 de dezembro pela Polícia Civil, cumprindo ordem judicial solicitada pelo Ministério Público. A internação estava prevista para durar 45 dias, mas os adolescentes permaneceram apenas três dias no centro socioeducativo.
O caso
O episódio de bullying, que causou revolta na cidade de Poços de Caldas (MG), ocorreu em 7 de novembro de 2024. O menino de 12 anos foi forçado a comer uma lesma e ingerir água misturada com cuspe por um grupo de colegas da mesma escola.
As humilhações começaram dentro da escola e se intensificaram fora do ambiente escolar. Um vídeo gravado pelos próprios agressores registrou o momento em que o garoto foi obrigado a segurar a lesma e colocá-la na boca. Quando se recusou a morder o animal, ele foi agredido fisicamente.
A mãe do menino revelou que ele começou a passar mal e apresentou episódios de vômito, o que levou a família a descobrir o ocorrido. Diante da gravidade da situação, os familiares acionaram o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que abriu um inquérito. A Polícia Civil também iniciou investigações no dia 18 de novembro para identificar e responsabilizar os agressores.
O delegado regional, Cleyson Brene, afirmou que o caso está sendo tratado como ato infracional de bullying, com base no artigo 146-A do Código Penal, que prevê punições para situações de humilhação, violência física e psicológica. Outras infrações, como lesão corporal, injúria e ameaça, também estão sob análise no inquérito.
A família da vítima busca justiça e espera que o caso sirva de alerta para a sociedade sobre os impactos do bullying na vida de crianças e adolescentes.
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