Réu que tentou matar comerciante com garrafa é condenado a 3 anos, mas vai cumprir pena em liberdade
Atualizado em 27/06/2025
O réu Benedito Junio Bernardes de Araújo foi condenado a três anos de prisão pela tentativa de homicídio contra o comerciante Adilson Gaiga, crime ocorrido em janeiro de 2015, no centro de Poços de Caldas. Apesar da condenação, ele vai cumprir a pena em regime aberto.
O julgamento aconteceu na última quinta-feira (26) e foi presidido pelo juiz Tarcísio Marques, titular da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais. O promotor Wagner Lemini de Carvalho representou o Ministério Público e acusou o réu por tentativa de homicídio por motivo fútil — acusação que acabou rejeitada pelo Conselho de Sentença.
A pena inicial foi fixada em seis anos de reclusão, mas acabou reduzida pela metade. Como Benedito não tinha antecedentes criminais, o cumprimento da pena foi determinado em liberdade.
Entenda o caso
A tentativa de homicídio aconteceu em frente a uma lanchonete na rua Assis Figueiredo, no centro da cidade. Segundo os relatos, o comerciante Adilson Gaiga discutiu com Benedito após notar que o réu carregava nas costas um violão que havia sido furtado dias antes.
Depois da discussão, Adilson pediu para que o acusado se retirasse do local. Do lado de fora, Benedito atacou o comerciante com uma garrafa quebrada, causando sete perfurações pelo corpo, inclusive no pescoço. Adilson ficou internado durante uma semana na Santa Casa de Poços de Caldas.
Imagens de câmeras de segurança registraram a movimentação de Benedito do lado de fora do estabelecimento. Nas gravações, ele aparece com um violão nas costas, gesticulando momentos antes do crime. Assim que a vítima deixa o bar, Benedito a ataca de forma repentina, sem que haja qualquer reação ou troca de agressões.
Família só soube do julgamento pela imprensa
A vítima, Adilson Gaiga, faleceu há três anos, sem acompanhar o desfecho do caso. A família só tomou conhecimento da decisão nesta sexta-feira (27), ao ser informada pela equipe da Sulminas TV.
O filho de Adilson, Alessandro Gaiga, se revoltou com a sentença:
— “Meu pai nem viu a Justiça ser feita. E a gente ficou sabendo pela Sulminas TV dessa decisão absurda. Depois de tantos anos, ele vai cumprir o quê? Em liberdade? Que pena é essa? Injustiça! Nossa família está indignada”, desabafou.
Segundo Alessandro, a família sequer foi comunicada sobre a realização do júri:
— “Não chamaram ninguém da família. Esse homem tentou matar meu pai com uma garrafa quebrada, meu pai teve sete perfurações pelo corpo inteiro, ficou internado, e a gente nem soube do julgamento. Nem testemunha de acusação teve? Como pode isso?”, questionou.
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Comentário (1)
Justiça lacto purga. Solta tudo. A justiça no Brasil está uma vergonha.