Quatro médicos irão a júri popular por homicídio no caso da “Máfia dos Transplantes” em Poços de Caldas
Atualizado em 06/06/2025
Decisão envolve a morte de paciente em 2001, no chamado “Caso 5”; réus poderão recorrer em liberdade.
A Justiça de Poços de Caldas determinou que quatro médicos sejam levados a júri popular pelo crime de homicídio qualificado no caso que ficou conhecido como “Máfia dos Transplantes”, investigado no município do Sul de Minas. A decisão é referente à morte de Paulo Lourenço Alves, ocorrida em 2001, durante um procedimento irregular de captação de órgãos, no episódio classificado no processo como “Caso 5”.
Serão julgados pelo Tribunal do Júri os médicos:
- Paulo César Pereira Negrão
- Jeferson André Saheki Skulski
- Cláudio Rogério Carneiro Fernandes
- João Alberto Goes Brandão
De acordo com a decisão, os profissionais são acusados de participação direta na morte do paciente para viabilizar transplantes ilegais.
Réus poderão recorrer
A sentença de pronúncia, publicada nesta semana, permite que os réus recorram em liberdade. Todos respondem ao processo mediante medidas cautelares, como o comparecimento periódico em juízo.
As defesas de Paulo César Pereira Negrão, João Alberto Goes Brandão e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes já informaram que pretendem recorrer da decisão.
Dois médicos não irão a júri
A decisão proferida pela Vara Criminal de Poços de Caldas também analisou a situação de outros dois médicos, Alessandra Angélica Queiroz Araújo e José Júlio Balducci, que eram réus no mesmo caso. Ambos não irão a julgamento pelo Tribunal do Júri.
O processo havia tido julgamento anterior em 2015, ocasião em que parte dos réus foi condenada pelo crime de remoção de órgãos de pessoa viva com resultado morte. Naquele julgamento, a conduta de Alessandra foi desclassificada para crime de menor gravidade, resultando na extinção da punibilidade pela prescrição, enquanto Balducci foi absolvido.
Porém, em 2017, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) anulou a sentença, reconhecendo que havia indícios de crime doloso contra a vida, de competência exclusiva do Tribunal do Júri. Com isso, o processo retornou à primeira instância para nova decisão sobre a pronúncia.
Na nova sentença, o juízo de Poços de Caldas entendeu que não houve recurso do Ministério Público contra as decisões favoráveis a Alessandra e Balducci, e manteve suas exclusões do julgamento popular.
Fonte: Com informações de G1.
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Caso Monstruoso.