Voltar para Notícias

Prefeitura de Poços de Caldas mantém posição e não atende às reivindicações dos servidores

Atualizado em 05/03/2025

 

A Prefeitura de Poços de Caldas reafirmou sua posição de não atender às reivindicações salariais dos servidores municipais, mantendo a última proposta apresentada. O prefeito Paulo Ney afirmou que o movimento grevista tem um caráter mais político do que de defesa dos direitos dos trabalhadores. Segundo ele, apenas 5% dos servidores aderiram à greve, o que, na sua visão, demonstra a baixa adesão da categoria.

O prefeito Paulo Ney realizou uma coletiva de imprensa hoje (05/03), às 16h30, para falar sobre a greve e reafirmar a posição da administração municipal em relação às reivindicações dos servidores. Durante a coletiva, a administração apresentou um material em PowerPoint explicando os motivos pelos quais não pode atender às demandas salariais e os impactos financeiros que um reajuste maior causaria nas contas do município.

“A gente está há 60 dias no governo e todo mundo está vendo que a questão política está muito florada. Esse movimento é mais uma ação política na cidade, brincando com o salário do servidor, e isso a gente não vai permitir”, declarou o prefeito.

A administração municipal ressaltou que já atingiu o teto do índice de responsabilidade fiscal e, por isso, não pode conceder o reajuste solicitado pelos servidores. A proposta da Prefeitura prevê um aumento salarial de 5% e um reajuste de 10% no vale-alimentação, elevando-o para R$ 770,00. Segundo o prefeito, ultrapassar os limites fiscais traria penalidades graves para a gestão, incluindo a impossibilidade de contratação de novos servidores aprovados em concurso público.

“Não podemos ser irresponsáveis com o recurso público. Se ultrapassarmos esse índice, poderemos enfrentar dificuldades para pagar salários em dia, o 13º salário e outras obrigações financeiras”, justificou Paulo Ney.

Diante da decisão dos servidores de deflagrar a greve, a Prefeitura alertou que os dias parados não serão remunerados, conforme prevê a legislação.

“Quem aderir à greve não pode receber pelos dias parados. Isso não é uma decisão do prefeito, é uma questão de legalidade”, ressaltou.

A greve foi decidida em Assembleia Extraordinária realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais na última quinta-feira (27). Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 11,8% e um aumento no vale-alimentação de R$ 700,00 para R$ 1.000,00. A primeira proposta da administração previa um reajuste de 4,56% e um vale-alimentação de R$ 731,00, que foi rejeitada pelos servidores. A proposta final da Prefeitura, de 5% de reajuste salarial e R$ 770,00 de vale-alimentação, também foi recusada, levando à deflagração da greve por tempo indeterminado.

A paralisação já impacta alguns serviços públicos, como creches e unidades de saúde. A Prefeitura afirmou que está monitorando a situação e que tomará as medidas necessárias para minimizar os transtornos à população. O Sindicato dos Servidores segue apoiando integralmente o movimento grevista e defende que a administração reabra as negociações.

 

 

  

 

Compartilhe este post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Captcha carregando...

Voltar para Notícias