Em um anúncio feito nesta quinta-feira (21), o Ministério da Saúde oficializou a incorporação da vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). A campanha de vacinação está programada para iniciar em fevereiro de 2024, com a expectativa de distribuir mais de 5 milhões de doses entre fevereiro e novembro do mesmo ano, constituindo um esquema vacinal de duas doses.

O imunizante, denominado Qdenga, será inicialmente disponibilizado para o público em geral e regiões consideradas prioritárias. No entanto, a fabricante, Takeda, alertou para uma oferta limitada de doses, o que implicará em uma implementação gradual da vacina.

A estratégia de vacinação será definida pelo governo nas primeiras semanas de janeiro de 2024, com a colaboração do Programa Nacional de Imunizações e da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização. A priorização será baseada em critérios como o público-alvo prioritário e as regiões com maior incidência da doença.

O processo de incorporação da vacina ao SUS envolveu avaliações rigorosas, com a Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias analisando o fornecimento do imunizante. A decisão reflete a preocupação do governo em mitigar os impactos da dengue, que apresenta diversas formas, desde assintomáticas até casos graves com sintomas como fraqueza muscular, vômitos e febre.

Considerando a alta incidência de casos de dengue no Brasil, que ultrapassou 2 milhões em 2022, e a liderança do país nas notificações de formas graves, a incorporação da vacina visa fortalecer as medidas de prevenção. A Organização Mundial da Saúde registrou, até junho de 2023, mais de 2 milhões de casos e 974 mortes por dengue em todo o mundo.

A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a análise de custo-benefício e o compromisso com o acesso à vacina, considerando a necessidade de uma quantidade adequada para a extensão da população brasileira. Com a aprovação da Conitec, o Brasil se torna pioneiro ao oferecer acesso público à vacina contra a dengue pelo SUS.

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