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Meningite: Minas Gerais adota vacina meningocócica ACWY para crianças de 12 meses 

Atualizado em 01/07/2025

 

Estado acompanha diretriz nacional para ampliar cobertura contra quatro sorogrupos da doença bacteriana

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) inicia nesta terça-feira (1º), uma nova estratégia de imunização no Calendário Nacional de Vacinação. A partir de agora, crianças de 12 meses passarão a receber a dose de reforço da vacina meningocócica ACWY, em substituição à meningocócica C, como forma de ampliar a proteção contra a meningite bacteriana.

A mudança segue recomendação do Ministério da Saúde e busca proteger os pequenos contra os sorogrupos A, C, W e Y da bactéria Neisseria meningitidis, que causa a doença meningocócica — um quadro grave de infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal e que, se não tratada rapidamente, pode levar a sequelas permanentes ou ao óbito.

Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, a substituição representa um avanço importante.

“Ampliar a cobertura vacinal com um imunizante mais abrangente nos permite proteger de forma mais efetiva nossas crianças, reduzindo a circulação de diferentes sorogrupos de agentes causadores da doença e, consequentemente, os casos graves e os óbitos”, destaca.

Como fica o esquema vacinal

Com a nova diretriz, o esquema passa a contar com duas doses da vacina meningocócica C — aos 3 e 5 meses de idade — e uma dose de reforço da ACWY aos 12 meses. Crianças que perderem essa dose poderão recebê-la até quatro anos, 11 meses e 29 dias. Os adolescentes de 11 a 14 anos seguem com a indicação da vacina ACWY, conforme o esquema vigente.

As equipes de vacinação já foram orientadas sobre o novo protocolo, com atualização nos sistemas de registro do SUS para o acompanhamento das aplicações e de possíveis eventos adversos.

Por que a vacina meningocócica ACWY é importante

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com o Ministério da Saúde, a meningite meningocócica é uma das formas mais graves de meningite bacteriana, com alto potencial de letalidade e de sequelas neurológicas, auditivas e motoras, mesmo com diagnóstico e tratamento precoces. No Brasil, os sorogrupos C e B são os mais frequentes, mas os tipos A, W e Y têm registrado aumento em várias regiões e surtos em outros países.

A vacina meningocócica ACWY é eficaz na prevenção da doença contra esses quatro sorogrupos e é considerada uma das medidas mais seguras e eficientes para evitar quadros graves. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o imunizante apresenta alta taxa de proteção e é indicado para crianças, adolescentes e pessoas com condições clínicas especiais.

A ampliação da vacina para crianças de 12 meses, antes prevista apenas para adolescentes, faz parte das metas do Brasil no Plano Global de Controle das Meningites 2030, elaborado pela OMS, que prevê reduzir casos e mortes por meningite bacteriana em todo o mundo.

“A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a meningite, que pode evoluir muito rapidamente. Proteger as crianças com um imunizante mais completo é um passo importante para a saúde pública”, afirma Juarez Cunha, presidente da SBIm.

Famílias devem ficar atentas

A SES-MG reforça que pais e responsáveis devem conferir as cadernetas de vacinação das crianças e levá-las às unidades de saúde para receber as doses recomendadas, respeitando os prazos estabelecidos. A proteção depende da adesão da população.

“Reforçamos o chamado às famílias para que estejam atentas ao calendário vacinal. A proteção das nossas crianças começa com a prevenção, e a vacinação é a principal ferramenta nesse processo”, conclui Prosdocimi.

Sobre a meningite meningocócica

A meningite meningocócica é uma infecção grave que provoca inflamação das meninges, podendo causar febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, vômitos e confusão mental. O tempo entre os primeiros sintomas e o agravamento pode ser de poucas horas. A transmissão ocorre por meio de gotículas de saliva, tosse ou espirro.

A letalidade pode chegar a 20% dos casos, e entre os sobreviventes, até 10% podem ter sequelas graves, como surdez, amputações ou comprometimento neurológico.

Fontes:

 

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