Comissão que apura irregularidades em serviços funerários aprova pedidos de documentos e registros de óbitos em Poços
Atualizado em 19/05/2025
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara de Poços de Caldas para investigar possíveis irregularidades na prestação de serviços funerários aprovou, na sessão desta segunda-feira (19), dois novos requerimentos de informações. As solicitações foram apresentadas pelo vereador Diney Lenon (PT), integrante da comissão, e receberam aprovação unânime dos membros.
Os pedidos visam aprofundar as investigações em andamento, reunindo dados e documentos sobre o funcionamento dos serviços funerários no município. O primeiro requerimento solicita à administração municipal a relação completa dos registros de óbitos ocorridos em Poços de Caldas entre os anos de 2017 e 2025, para análise e cruzamento com informações de serviços prestados.
O segundo requerimento aprovado busca acesso ao livro de registro de túmulos e à documentação digital do Cemitério Municipal. A proposta é verificar a regularidade dos registros, titularidade de jazigos e procedimentos administrativos realizados no período em apuração.
As duas propostas foram aprovadas por unanimidade pelos cinco vereadores que compõem a CPI: Diney Lenon (PT), Marcos Sansão (PL), Neno (PRD), Pastora Mel (União Brasil) e Wellington Paulista (PSDB). As imagens dos painéis de votação exibem o resultado consolidado das deliberações.
Serviço funerário municipal já teve irregularidades apontadas no passado
O setor de serviços funerários em Poços de Caldas já foi alvo de apurações anteriores. Em 2016, um processo administrativo conduzido pela Procuradoria Geral do Município concluiu que havia desvio de recursos na Funerária Municipal. À época, servidores públicos foram identificados como responsáveis pelo esquema.
As denúncias começaram quando munícipes relataram cobranças duplicadas ou irregulares. Mesmo com a apresentação de recibos que comprovavam os pagamentos, os valores não constavam na contabilidade da funerária. De acordo com a apuração, o golpe consistia na emissão da nota fiscal para o cliente, enquanto a segunda via do documento, que deveria ser registrada, era desviada. Com isso, o valor pago pelos contribuintes em dinheiro não era contabilizado, ficando em posse de funcionários envolvidos.
A CPI aberta este ano busca identificar se situações semelhantes voltaram a ocorrer ou se outros problemas administrativos comprometem a prestação dos serviços funerários no município.
Imagens dos painéis de votação:
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