Casos de Coqueluche Crescem mais de 1000% no Brasil em 2024
Atualizado em 26/10/2024
O Brasil enfrenta um aumento alarmante nos casos de coqueluche em 2024, registrando um crescimento de mais de 1.000% em relação ao ano anterior e alcançando o maior número de registros desde 2015.
Até outubro, mais de 2.400 casos foram confirmados, concentrados principalmente nos estados de Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal. O índice de letalidade, que havia zerado entre 2021 e 2023, chegou a 0,45% dos casos neste ano, o maior desde 2019.
A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Embora seja mais comum em crianças, qualquer faixa etária pode ser afetada, e bebês com menos de seis meses estão em risco elevado de complicações graves, como pneumonia. Tosse seca persistente, vômitos e dificuldade para respirar são alguns dos principais sintomas da doença, que pode ser confundida com uma gripe no início.
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De acordo com a infectologista Vanessa Truda, do Hospital Edmundo Vasconcelos, a doença começa com sintomas leves, como coriza e febre baixa, mas a tosse se intensifica, podendo provocar episódios graves com o característico som de “guincho”. A transmissão ocorre pelo contato com gotículas de saliva de pessoas infectadas, por meio de tosse, espirro ou fala.
Sintomas e Estágios da Coqueluche
Os sintomas se manifestam em três estágios:
1. Nível leve: Tosse seca e sintomas semelhantes ao resfriado, como febre baixa.
2. Intermediário: A tosse piora, podendo causar vômitos e cansaço extremo.
3. Avançado: Os sintomas tornam-se severos, durando semanas ou até meses.
A médica Simone Fernandes, da plataforma de telemedicina Conexa, ressalta a importância da vacinação como principal medida de proteção, uma vez que a imunidade contra a coqueluche diminui ao longo do tempo.
No Brasil, a vacina DTP, que previne contra difteria, tétano e coqueluche, é oferecida a crianças em três doses, aos 2, 4 e 6 meses, com reforços aos 15 meses e aos 4 anos. Para adultos, recomenda-se a vacina dTpa a cada 10 anos.
Distribuição e Perfil dos Casos
A distribuição dos casos é desigual no país, com o Paraná liderando, seguido de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Segundo o perfil epidemiológico, a doença afeta principalmente a população branca (48%), com a população parda representando 33% dos casos. A taxa de incidência também aumentou, atingindo o maior índice desde 2015, refletindo a intensificação da circulação do vírus.
Para a contenção da coqueluche, especialistas recomendam, além da vacinação, medidas como cobrir a boca ao tossir ou espirrar e a higienização frequente das mãos. Em casos suspeitos, o diagnóstico deve ser confirmado por exames clínicos e laboratoriais, e o tratamento envolve o uso de antibióticos.
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