Brasil, Índia e EUA lideram Aliança Global pelos Biocombustíveis
Atualizado em 09/09/2023
No próximo dia 10, na cidade de Nova Delhi, Brasil, Índia e Estados Unidos, juntamente com representantes de outros 16 países, vão assinar um acordo global histórico em apoio e incentivo aos biocombustíveis. Esta aliança, denominada “Aliança Global pelos Biocombustíveis,” representa um marco significativo na busca por soluções sustentáveis no cenário da energia. O objetivo é promover a descarbonização e apresentar os biocombustíveis como uma alternativa viável aos combustíveis fósseis.
O governo brasileiro e o setor privado chegam a esta cúpula do G20 com uma visão coesa sobre a proposta ambiental do país relacionada à descarbonização. O Brasil traz consigo um plano detalhado que destaca o potencial dos biocombustíveis, com ênfase na bem-sucedida experiência de quatro décadas na produção e uso de etanol.
A estratégia da comitiva brasileira é clara: apresentar aos líderes de outros países uma proposta robusta em favor dos biocombustíveis, seja durante as reuniões oficiais de trabalho ou nos encontros bilaterais que ocorrerão ao longo do evento.
O ponto culminante desta iniciativa está marcado para o domingo, dia 10, quando o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e os presidentes Luis Inácio Lula da Silva e Joe Biden, juntamente com representantes de outras nações, assinarão o acordo que cria a Aliança Global pelos Biocombustíveis.
Evandro Gussi, presidente da União da Indústria da Cana-de-açúcar e Bioenergia (UNICA), enfatiza o potencial impacto positivo desse acordo, afirmando que aproximadamente 3 bilhões de pessoas em todo o mundo podem se beneficiar com a descarbonização de seus países por meio da adoção dos biocombustíveis. Ele também destaca a necessidade de cooperação global para impulsionar essa rota de carbonização.
Dados de diversos centros de pesquisa indicam que o etanol é a alternativa mais eficiente do ponto de vista energético quando comparado a outras fontes renováveis. No Brasil, veículos abastecidos com etanol emitem significativamente menos CO2 por quilômetro rodado em comparação com carros elétricos na Europa e nos Estados Unidos.
O Brasil, com sua expertise no ciclo completo do etanol, da produção agrícola à indústria automobilística, está em posição privilegiada para compartilhar essa tecnologia com outros países. Isso poderia resultar na criação de um “cinturão verde” de biocombustíveis abrangendo mais de 100 nações do Sul Global.
O Dr. Marco Antônio Andere Teixeira, advogado e professor, escreve:
Sobre o “acordo do etanol”, no G20:
EUA, Índia e Brasil são, respectivamente, o segundo, terceiro e sexto maiores mercados automotivos do mundo.
Juntos, produzem algo próximo de 20 milhões de veículos por ano.
Bem mais que a Europa toda, por exemplo.
Esses números dão uma dimensão de onde poderá chegar a proposta de veículos híbridos, a etanol, produzidos em grande escala.
E dimensiona mais um dado: o veículo mais avançado disponível, com essa configuração híbrida, seria o modelo desenvolvido em Betim, pela Stellantis, que há mais dez anos está nessa lida.
Eis a pergunta: o Brasil estará, pela primeira vez, tecnologicamente à frente de uma proposta automotiva, com impacto mundial?
Façam suas apostas.
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