Atualizado em 08/03/2024

A Vigilância Sanitária emitiu um alerta à população desmentindo uma notícia falsa que vem circulando nas redes sociais de todo o Brasil. O boato sugere a colocação de sal e cloro nos ralos das residências como medida para eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. No entanto, de acordo com a Vigilância Sanitária, essa orientação é não só falsa, mas também ineficaz no combate ao mosquito.

“É enganosa a notícia de que a Vigilância Sanitária orienta colocar sal e cloro nos ralos internos da casa. Essa medida, além de ser ineficiente no combate ao Aedes aegypti, ainda pode causar reações químicas indesejadas e, consequentemente, danos graves à saúde”, alertou Victor Viana, gerente de Vigilância Sanitária de João Pessoa.

Renata Albuquerque, diretora de Vigilância em Saúde da SMS-JP, reforçou que a melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito. Isso inclui eliminar qualquer local propício para a reprodução do Aedes aegypti, como água armazenada em recipientes diversos, vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, entre outros.

“Temos que fazer a eliminação de água armazenada que pode se tornar um possível criadouro, a exemplo de vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafa”, pontuou Renata Albuquerque.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou que tenha divulgado a orientação. O Ministério da Saúde não recomenda essa medida, mas sim desobstruir e tapar ralos. Outros órgãos governamentais e profissionais de saúde consultados não indicam o uso de cloro e sal como a forma mais eficaz de combater os focos do mosquito transmissor da dengue. A recomendação principal é eliminar qualquer ocorrência de água parada.

O Estadão Verifica encontrou a recomendação de utilização de cloro ou de sal em ralos não utilizados com frequência como forma alternativa de combater as larvas do Aedes aegypti. Esse conselho está nos sites das prefeituras de Ribeirão Preto, Guarujá e Santos, em São Paulo.

A Infectologista Eliana Bicudo, assessora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), aponta que o mais eficaz é tapar os ralos internos das casas.

“Isso seria mais efetivo, sem ter necessidade de ficar jogando produtos toda semana. Se o ralo está acumulando água ou está dando retorno, é mais indicado que se conserte esse ralo e depois jogue água sanitária”. disse.

Ela não recomenda misturar cloro e sal:

“Isso pode causar uma reação química indesejada”.

É importante informar-se por meio de fontes confiáveis e seguir as recomendações oficiais para combater a dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti:

Fonte: Com informações de Estadão, Anvisa e Prefeitura PB.

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