Vidas Perdidas por Telefone Fora do Ar: Vereador Denuncia Falha no Atendimento do SAMU em Poços de Caldas
Atualizado em 28/02/2025

O vereador Tiago Mafra usou a tribuna da Câmara Municipal de Poços de Caldas nesta semana, para denunciar a recorrente falha no telefone de emergência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
De acordo com ele, a indisponibilidade da linha telefônica pode ter sido um fator determinante para a morte de pelo menos duas pessoas recentemente.
“Os telefones de emergência continuam apresentando dificuldades de funcionamento, dificultando o acesso da população aos serviços essenciais”, afirmou o vereador, destacando que recebeu em seu gabinete relatos de famílias que perderam entes queridos porque não conseguiram acionar o serviço a tempo.
Segundo Mafra, o problema não está no atendimento prestado pelo SAMU, mas na impossibilidade de acionar o serviço em momentos críticos.
“Quando acionado, o SAMU age rapidamente. O problema é que os telefones não funcionam e, numa emergência, a família não vai lembrar um número alternativo. A resposta que recebemos sempre é a mesma: ‘É um problema pontual’. Mas até quando?”, questionou.
O parlamentar listou diversas datas em que a Prefeitura reconheceu falhas na telefonia do SAMU, desde 2022 até fevereiro deste ano.
“Vamos esperar mais gente morrer? Só nesta última semana, duas pessoas não conseguiram acessar um serviço básico porque um telefone não funcionava. Quem vai se responsabilizar por isso?”, cobrou.
Mafra enfatizou que, ainda que a chegada da ambulância não garantisse a sobrevivência das vítimas, a dúvida sobre a eficácia do socorro poderia ser evitada.
“Se a ambulância tivesse chegado a tempo, essas pessoas poderiam ter falecido da mesma forma? Sim, poderiam. Mas as famílias não carregariam essa incerteza.”
Por fim, o vereador fez um apelo à Prefeitura para que resolva a situação com urgência.
“Nós estamos lidando com vidas. A secretaria responsável pelos contratos de telefonia precisa encontrar um jeito para que não tenha que carregar mais mortes nas costas por falta de funcionamento de uma coisa simples. Não é possível que a Prefeitura não consiga manter um telefone emergencial funcionando”, concluiu.
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