Vereadora Pastora Mel questiona posicionamento do COMTUR sobre projeto de Feira de Empreendedorismo Feminino

10/04/2025 Destaque, Notícias, Poços de Caldas, Política, Turismo

Atualizado em 10/04/2025

Durante a sessão da Câmara Municipal de Poços de Caldas, realizada na terça-feira (8), a vereadora Pastora Mel utilizou a tribuna para se manifestar sobre a resposta recebida do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR) em relação ao seu projeto de criação de uma Feira de Empreendedorismo Feminino. Segundo a parlamentar, o órgão considerou a proposta inconstitucional, o que ela contesta veementemente.

“O Conselho já erra, porque inconstitucional é quando fere a Constituição. Ilegal é quando fere uma lei municipal, que é da época do Geraldo Thadeu, onde há um prazo certo para fazer uma feira”, afirmou a vereadora.

Para Pastora Mel, a proposta representa uma importante iniciativa de valorização e inserção da mulher no mercado de trabalho. Ela destacou que muitas mulheres enfrentam dificuldades para se sustentar, especialmente por serem mães solo, sem apoio financeiro dos pais de seus filhos, ou por não conseguirem vagas em creches para deixarem as crianças e, assim, trabalharem.

“As mulheres, às vezes, precisam de uma oportunidade, para vivenciar e mudar a vida financeira, não só dela, mas da família”, disse.

Ela reforçou que o apoio às mulheres é uma das prioridades de seu mandato e assegurou que continuará lutando pela aprovação do projeto.

“Posso fazer emendas, mas eu não vou retirar. O nosso presidente do COMTUR, Juliano, expôs esse ofício sem me dar a oportunidade de discutir, pois chegou já no final da tarde. Este projeto nem passou pelas comissões da Casa, mas é constitucional porque foi feito com o jurídico da Câmara”, garantiu.

A vereadora ainda criticou a forma como o Conselho conduziu o processo de rejeição da proposta. De acordo com ela, o presidente do COMTUR alegou que houve uma reunião para deliberar sobre o tema, mas, segundo a parlamentar, a ata da referida reunião não menciona o projeto.

“Por que chega um ofício falando que teve uma reunião em que coloca ‘enes’ dificuldades no meu projeto que é empreendedor, que vai abrir portas para a mulher de todas as classes, mas que não consta em ata e no mesmo dia coloca na imprensa? Eu não sei quem realmente fez esta reunião e não sei como têm sido feitas estas reuniões, se elas já estão gravadas. Mas, na ata não tem nada sobre o meu projeto”, afirmou.

Pastora Mel encerrou sua fala reiterando que continuará defendendo a proposta e que vê na repercussão do caso um sinal de apoio popular à causa.