Na segunda reunião da Comissão Processante, realizada ontem, segunda-feira (4), o presidente Flávio Togni de Lima e Silva (PSDB) abordou questões cruciais relacionadas ao rito do processo de cassação contra o vereador Diney Lenon. Após revisar a reunião anterior, Flavinho destacou a apresentação de provas em momento inoportuno e a antecipação de votos, especialmente chamando atenção para a declaração da vereadora Luzia Martins (PDT), que alegou não ter competência legal para apurar as provas.

Em sua avaliação, Flavinho argumentou que a antecipação de votos prejudicou a imparcialidade da Comissão Processante, gerando suspeição, independentemente da posição futura, a favor ou contra o vereador Diney Lenon. Visando evitar desgastes para todos os envolvidos, Flavinho propôs o arquivamento da denúncia, sem julgamento de mérito, encaminhando o caso à Corregedoria para conhecimento da denúncia e da decisão de arquivamento.

“Evitando um desgaste para todos os envolvidos, para o vereador denunciado, para esta Casa, para os membros dessa comissão, bem como para os demais vereadores, eu gostaria, com o maior respeito ao vereador Wilson, porque sei que seu parecer já está pronto, submeter ao plenário desta comissão um pedido de arquivamento da denúncia, sem julgamento de mérito, porque estamos entrando só na parte jurídica, mais a extinção dessa comissão e o encaminhamento para conhecimento da Corregedoria, tanto da denúncia quanto da decisão da nossa decisão pelo arquivamento”, solicitou o presidente.

O presidente, vereador Flavinho, explicou que, segundo os trâmites, a decisão deve ser submetida ao plenário da Câmara, que detém soberania para decidir a continuidade ou não do processo.

Em resposta, a vereadora Luzia Martins negou a antecipação de voto, embora concordasse com a possibilidade de arquivamento, reconhecendo atropelos no processo.

O vereador Diney Lenon, surpreendendo a todos, elogiou o relator, pastor Wilson, afirmando que este não agiu de má fé. Em relação ao questionamento sobre as provas, Diney explicou sua divulgação na internet como uma necessidade de dar publicidade ao rito, afirmando que jamais questionou a orientação do pastor de votar primeiro o parecer para depois analisar as provas.

“Eu preciso ser justo. Apesar de ter tido um debate mais acalorado, mas dentro do previsto quando a gente tem divergência, eu queria deixar claro que entendo que o vereador pastor Wilson não agiu de má fé. Eu não queria deixar esta margem de interpretação”, afirmou Diney.

O relator, pastor Wilson, retirou seu parecer anterior e apresentou um novo, concordando com a avaliação do presidente Flavinho sobre o desrespeito ao rito. Ele enfatizou que a imparcialidade da Comissão foi comprometida, resultando no prejuízo de todo o rito previsto. O relator, alinhado ao presidente, decidiu retirar o parecer anterior e opinar pelo arquivamento da denúncia.

“Desta forma, a imparcialidade que deve reger todos os trabalhos da comissão restou comprometida e, por conseguinte, todo o rito previsto prejudicado. Portanto, este relator concordando com o exposto pelo presidente da comissão decidiu retirar o parecer opinando pelo arquivamento da denúncia”, informou o relator.

Diney Lenon divulgou um vídeo no Instagram, informando sobre a preparação de sua defesa e anunciando a revelação de um suposto plano para cassar seu mandato, assista:

https://www.instagram.com/reel/C0bt3x6O32v/?igshid=MzRlODBiNWFlZA==

Contudo, com o parecer do relator, pastor Wilson, alinhado ao presidente, pelo arquivamento, Diney recuou, deixando de mencionar qualquer plano ou possível mentor.

Este episódio intensifica as controvérsias no processo de cassação, aguardando agora a decisão do plenário da Câmara sobre o arquivamento ou continuidade do caso. As repercussões políticas locais também são aguardadas diante dos acontecimentos recentes na Comissão Processante.

Mantenha-se informado!

Participe do Grupo de Notícias da SulMinas TV no seu WhatsApp. Enviaremos conteúdos relevantes e em primeira mão para você!

Clique aqui 👈🏼