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Poços de Caldas lidera aumento de denúncias de violência contra crianças e adolescentes no Sul de Minas

Atualizado em 09/01/2025

 

As denúncias de violência contra crianças e adolescentes cresceram de forma preocupante em Minas Gerais e, no Sul de Minas, a cidade de Poços de Caldas destacou-se com o maior aumento percentual.

Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o estado registrou um salto de 25% nas denúncias em 2024, enquanto Poços de Caldas apresentou um aumento expressivo de 53,13%, liderando a região.

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Em números absolutos, Poços de Caldas registrou 245 denúncias em 2024, contra 160 no ano anterior. Para a secretária municipal de Assistência Social, Marcela Carvalho Messias, o aumento reflete tanto um crescimento real nos casos de violência quanto uma maior conscientização da população sobre a importância de denunciar.

“Infelizmente, períodos de férias escolares, como janeiro e julho, são os mais críticos, porque as crianças passam mais tempo no ambiente familiar, onde ocorrem muitas violações. A violência não se restringe à física; há também casos de abuso psicológico e negligência que vêm sendo identificados”, pontua Marcela.

Contexto regional e números alarmantes

O Sul de Minas acompanha a tendência estadual, com variações entre os municípios. Enquanto Varginha também registrou aumento nas denúncias (11,28%), cidades como Passos e Pouso Alegre apresentaram quedas, o que especialistas apontam como possível reflexo de subnotificações.

A coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Varginha, Viviane Capitani, destaca que fatores culturais e sociais perpetuam a violência.

“O Brasil ainda carrega a ideia de que crianças são menores, podem ser controladas por meio de violência, mas isso é inadmissível. Contextos de vulnerabilidade, como uso de álcool e drogas, também agravam a situação,” explicou.

Em Passos, a redução de 36% nas denúncias (de 100 em 2023 para 64 em 2024) foi atribuída, em parte, ao aumento de vagas em creches e escolas. O defensor público Carlos Alberto Tomazelli Penha alerta, entretanto, para a possibilidade de subnotificação.

“Casos de violência que não chegam às autoridades, a chamada ‘cifra negra’, ainda são uma preocupação,” afirmou.

Já em Pouso Alegre, houve uma redução tímida de 1,79% nas denúncias, passando de 223 para 219 casos. A advogada Rosicler Vilela alerta para a necessidade de atenção aos sinais de violência nas crianças.

“Mudanças no comportamento, como introspecção, compulsões alimentares ou alteração no sono, são indícios importantes e não podem ser ignorados,” orientou.

A importância de denunciar

O Disque 100, os Conselhos Tutelares e os atendimentos em CRAS e CREAS são os principais canais de denúncia. Especialistas reforçam que a participação da sociedade é essencial para a proteção das crianças e adolescentes.

Segundo a Secretaria de Promoção Social em Poços de Caldas, iniciativas de conscientização têm sido fortalecidas.

“É um sinal de que a sociedade está mais atenta e disposta a enfrentar a violência, mas o desafio de prevenir novos casos permanece,” conclui Marcela Carvalho Messias.

Fonte: Com informações de G1.



 

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