IBGE | Poços é a terceira cidade em Minas Gerais com melhor índice da população com acesso ao esgotamento sanitário: 97,97%
Mais da metade da população brasileira não tem esgoto
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou na última sexta-feira, 23, o Censo Demográfico 2022 como um “raio-x” do país e os dados divulgados demonstram que o saneamento básico deixa muito a desejar. Entre as dezenas de informações sobre o assunto, evidenciam-se as desigualdades regionais, e resultam em um dado preocupante: 1 a cada 4 brasileiros vivem em condições precárias de esgoto.
Um recorte dos dados do Censo 2022 revela as condições de saneamento no Estado de Minas Gerais, e além das disparidades também existentes, elenca as 10 cidades mineiras com melhor índice de esgotamento sanitário:
1º) Santa Cruz de Minas – 8.109 habitantes – (99,52%)
2º) Ipatinga – 227.131 habitantes – (98,54%)
3º) POÇOS DE CALDAS – 169.838 habitantes – (97,97%)
4º) Lagoa da Prata – 51.412 habitantes – (97,40%)
5º) Araxá – 111.691 habitantes – (97,27%)
6º) Itaú de Minas – 16.108 habitantes (97,27%)
7º) Belo Horizonte −2.315.560 habitantes (97.23%)
8º) Uberaba −337.846 habitantes (97,18%)
9º) Capinópolis −14.655 habitantes (96,99%)
10º) Caxambu – 21.656 habitantes (96,92%)
Poços de Caldas
Quando se afirma que Poços de Caldas é uma cidade privilegiada, o setor de saneamento evidencia tal afirmação pelos seguintes dados: 99,64% das residências têm coleta de lixo; 99,99% das residências possuem banheiros; 99,97% dos imóveis recebem água tratada e 97,97% tem esgotamento sanitário. Em se falando desse último índice, importante lembrar, o tratamento do esgoto coletado chega ao índice de 100% realizado pelas Estações de Tratamento: ETE 3 (Rodovia do Contorno), ETE Bortolan e a ETE I, inaugurada em 2020, a maior da cidade.
Em tempos onde os casos de dengue crescem em todo o país, notadamente em Minas Gerais, o saneamento básico, como pilar de sustentação da saúde, é fator determinante, incluindo a prevenção de doenças por veiculação hídrica.
A realização na cidade, em setembro do ano passado, do Congresso Nacional da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), com a presença de milhares de pessoas de todo o Brasil, demonstrou que Poços é um modelo a ser seguido e esse fato é histórico, pois os primeiros passos do saneamento no município foram dados na década de 1920 pelo engenheiro Francisco Saturnino de Brito, um dos maiores sanitaristas que o país já conheceu.
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