Na tarde desta terça-feira (16), um vídeo capturou um guarda civil agredindo um motociclista durante uma blitz no centro da cidade de Poços.

O motociclista afirma ter sido abordado na blitz e sofrido uma coronhada nas costas pelo guarda. O vídeo revela um segundo momento em que o motociclista se aproxima do guarda acusado e é novamente agredido, desta vez com um cacetete.

Em resposta às acusações, o comando da Guarda Civil Municipal emitiu uma nota, informando que o caso será investigado pela corregedoria do órgão. O inspetor Marcelo Gavião Bastos destacou que a presença do motociclista será solicitada para formalizar a denúncia, se desejar.

De acordo com a Guarda Civil Municipal, o motociclista estava exercendo atividade remunerada sem registro na Carteira de Habilitação (EAR), o que vai contra as normas do Código de Trânsito. A GCM alega que o motociclista também se recusou a apresentar a documentação necessária.

Em meio às agressões, o motociclista argumentou que ‘EAR’ não é exigida e alegou estar sofrendo perseguição.

O inspetor ressaltou que a conduta do guarda não está em conformidade com as diretrizes da Guarda Civil Municipal, nem com os procedimentos dos integrantes, afirmando que o comando repudia qualquer ato de violência ou ações fora da legalidade. O caso continua a ser acompanhado de perto pela corregedoria para esclarecer as circunstâncias e tomar as medidas cabíveis.

Uso de armas de fogo

Vale ressaltar que em setembro de 2023 a Câmara Municipal de Poços de Caldas aprovou uma alteração significativa na legislação que rege a atuação da Guarda Municipal da cidade. Agora, os membros da Guarda Municipal terão autorização para portar armas de fogo. O projeto de lei, que traz modificações na Lei Complementar nº 59, de 27 de outubro de 2005, e na Lei Complementar nº 100, de 30 de dezembro de 2008, foi apresentado e justificado pelo Secretário Municipal de Defesa Social.

Sobre a utilização de armas de fogo, o secretário explica que será organizado um grupamento específico de GMs que vão portar armas de fogo, após treinamento. Conde informou que este treinamento terá, no mínimo, 53 horas de aulas teóricas e 95 horas de aulas práticas. “Haverá um treinamento correto e adequado com laudos psicológicos e técnicos para que a Guarda Civil possa, num futuro breve, trabalhar armamento letal”, ressalta. Ainda não há prazo para o início da capacitação.

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