Expresso Gardenia obtém permissão judicial para vender parte das linhas intermunicipais
Atualizado em 19/09/2024
A Viação Expresso Gardenia obteve autorização judicial para vender parte de suas linhas intermunicipais, que serão transferidas para novas empresas.
A decisão, tomada pelo Poder Judiciário de Minas Gerais, abre caminho para a reestruturação da companhia, que enfrenta dificuldades financeiras.
De acordo com o documento, já existe uma carta de intenção para que duas empresas assumam parte das operações.
As rotas de Belo Horizonte para Poços de Caldas, São Sebastião do Paraíso, Passos e Cássia devem ser assumidas pela empresa Max Tour Fretamentos e Turismo.
Outras 13 linhas, como Pouso Alegre-São Lourenço, Pouso Alegre-Poços de Caldas e Lavras-Varginha, ficarão sob responsabilidade da SC Minas Transportes, anteriormente conhecida como Viação Santa Cruz.
A decisão, assinada pela juíza Cláudia Helena Batista no dia 6 de setembro, determina que a alienação das linhas representa apenas 4% do total de ativos da Gardenia. Além disso, credores trabalhistas, por acidentes de trabalho, com garantia real, quirografários e micro e pequenas empresas também serão incluídos no processo de recuperação judicial.
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Operações interrompidas e crise financeira
Atuando em 107 municípios do Sul de Minas e transportando cerca de 2 milhões de passageiros anualmente, a Expresso Gardenia suspendeu parte de suas operações em maio de 2023, após fiscalizações da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG).
A empresa estimou prejuízos de R$ 4,5 milhões devido às interrupções, valor que poderia chegar a R$ 6 milhões se as linhas não fossem retomadas. Mais de 200 funcionários foram demitidos, e a expectativa era de que o número subisse para 400.
Em julho, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais manteve a suspensão das linhas da Gardenia por 90 dias, decisão que havia sido imposta pela Seinfra. No fim do mesmo mês, a empresa informou ao Ministério do Trabalho que só efetuaria o pagamento das verbas rescisórias de funcionários demitidos caso seus pedidos junto à Seinfra fossem atendidos. A companhia tinha até 30 de julho para apresentar uma proposta de quitação.
Agora, com a permissão judicial para alienar parte de suas linhas, a Expresso Gardenia busca reorganizar suas finanças e dar continuidade ao processo de recuperação judicial.
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