Ex-prefeito Luiz Antônio Batista fala sobre crise hídrica e obras inacabadas em Poços de Caldas
O ex-prefeito e ex-diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) de Poços de Caldas, Luiz Antonio Batista, abordou a atual crise hídrica durante entrevista ao programa Café Interativo, na quarta-feira, 2 de outubro.
Ele destacou que a seca enfrentada por diversas regiões do Brasil pegou muitas cidades desprevenidas, levando à adoção de medidas de racionamento de água.
“Quando existe planejamento, são projetadas obras que possam amenizar, pelo menos, a situação”, afirmou Luiz Antonio, ao ressaltar a importância de medidas preventivas para enfrentar escassez de recursos hídricos.
Segundo ele, Poços de Caldas iniciou há mais de 30 anos estudos sobre seu sistema de abastecimento, pois já havia indícios de que a capacidade de fornecimento de água estava próxima do limite. Nesse contexto, foram construídas a Estação de Tratamento de Água (ETA) 5 e o reservatório do Ribeirão Cipó, com o objetivo de garantir não apenas a geração de energia elétrica, mas também de criar uma reserva hídrica para o município.
O ex-prefeito explicou que a ETA 5 tem a capacidade de abastecer toda a cidade em períodos normais, mas que a situação atual exige soluções adicionais.
Entre as obras que poderiam ter sido feitas, Luiz Antonio destacou a interligação da ETA 5 com o reservatório do Morro do Chapéu, no bairro Dom Bosco, o que ampliaria a capacidade de armazenamento de água.
O projeto para essa obra foi apresentado à Caixa Econômica Federal em 2019 e aprovado, mas o financiamento não foi autorizado devido à falta de Certidão Negativa de Débito (CND) da prefeitura na época.
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“Se aquela obra tivesse sido concretizada, a situação não seria das melhores, mas seria amenizada”, avaliou Luiz Antonio.
Ele alertou ainda que o principal reservatório da cidade, a represa de Saturnino de Brito, está próximo de atingir seu limite máximo de esgotamento.
A reserva de água da cidade está praticamente esgotada, e o volume morto está sendo utilizado de forma emergencial. Isso, segundo ele, tem comprometido a qualidade da água distribuída em algumas regiões, com sinais de turbidez elevada.
A conclusão da obra, se realizada no passado, poderia ter reduzido os impactos da crise hídrica que a cidade enfrenta atualmente.
Assista na íntegra:
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