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Aguapés Invadem Represa Bortolan e Ribeirão da Avenida Celanese: Moradores e Autoridades Exigem Ações Efetivas

Atualizado em 10/07/2024

Em março de 2024, a Prefeitura Municipal de Poços de Caldas anunciou uma ação conjunta entre diversas secretarias para remover os aguapés da represa Bortolan, localizada na região oeste do município. A operação, iniciada na segunda quinzena de março, resultou na retirada de 200 toneladas de vegetação.

A previsão inicial era de remover 500 toneladas até o final de abril, mas essa meta não foi atingida.

Os moradores da região e a Comissão das Águas têm pressionado a prefeitura por soluções devido à persistente proliferação de aguapés, à mortandade de peixes e à presença de espuma na água.

O secretário de meio ambiente, Marcus Vinícius Ferreira de Moraes, ressaltou em março deste ano, que a ação de remoção dos aguapés é essencial para não apenas resolver a questão ambiental que se apresenta, mas também informou a importância de práticas sustentáveis para a manutenção dos recursos naturais.

A vereadora Regina Cioffi, presidente da Comissão das Águas, destacou a gravidade da situação na represa Bortolan:

“A situação na Represa Bortolan é crítica, com a continuidade dos aguapés e a mortandade de peixes. Não adianta apenas remover os aguapés sem diagnosticar a causa, seja excesso de fósforo ou outra razão. A Câmara Municipal, através da Comissão das Águas, está fazendo o possível, incluindo a criação de um grupo de cooperação técnica para um diagnóstico abrangente. Agradeço a todos os envolvidos, especialmente a Unifal, aos colegas vereadores, ao presidente da Câmara Municipal, Douglas Dofu, que sempre apoiaram a Comissão das Águas. Precisamos de ações efetivas, não apenas remoção de aguapés. A situação exige uma intervenção urgente do secretário de meio ambiente, Marcus Vinícius.”

A vereadora criticou a explicação oferecida pelo diretor responsável pelas análises da água, que sugeriu que a mortandade de peixes poderia ser um problema do próprio reservatório do pesqueiro, considerando-a insatisfatória e solicitou uma atuação mais assertiva da Secretaria de Meio Ambiente.

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Inundação causada por aguapés em Poços

Em dezembro de 2022, a presença de aguapés da represa Bortolan no ribeirão que atravessa a estrada da Celanese foi apontada pelo secretário de Defesa Social, Rafael Conde Maria, como provável causa do transbordamento e inundação da ponte e da via em 22 de dezembro de 2022.

“Os aguapés entupiram o canal de passagem, fazendo com que a água transbordasse sobre a ponte. Isolamos o trecho para evitar acidentes, mas ainda não pudemos verificar a situação com cautela, estamos aguardando o nível da água baixar” ressaltou o secretário na ocasião.

A estrada da Celanese é uma via crucial para o trânsito entre a zona oeste e a zona sul, conectando à rodovia do contorno e ao Distrito Industrial.

Aguapés invadem ribeirão da Avenida Celanese

Aguapés

O aguapé, cientificamente conhecido como Pontederia crassipes, é uma planta aquática nativa da América do Sul, especialmente das bacias dos rios Amazonas e Orinoco. Ele possui uma notável capacidade de reprodução vegetativa e por sementes, o que contribui para sua rápida disseminação em ecossistemas aquáticos. Suas folhas flutuantes e flores violetas atraentes fizeram com que fosse introduzido como planta ornamental em diversas partes do mundo.

No entanto, sua introdução inadvertida e subsequente proliferação fora de seu habitat natural transformaram o aguapé em uma das espécies invasoras mais problemáticas globalmente. Ele é capaz de formar densos tapetes na superfície da água, bloqueando a luz solar e reduzindo a disponibilidade de oxigênio, o que prejudica a vida aquática nativa. Além disso, o aguapé altera o equilíbrio ecológico dos ecossistemas onde se estabelece, suprimindo o crescimento de outras plantas aquáticas e afetando a biodiversidade local.

Os danos causados pelo aguapé não se limitam apenas ao ambiente aquático. Quando morre e se decompõe, essa planta libera grandes quantidades de dióxido de carbono e metano, contribuindo para as mudanças climáticas. Além disso, seu crescimento descontrolado pode obstruir canais de navegação e interferir em atividades econômicas locais, como a pesca e o turismo.

Para mitigar os impactos do aguapé, são necessários esforços contínuos de controle e erradicação, incluindo métodos físicos, químicos e biológicos. A conscientização sobre a importância da prevenção na introdução de espécies exóticas invasoras é fundamental para proteger ecossistemas aquáticos e garantir a sustentabilidade das comunidades que dependem desses recursos naturais.

A Sulminas TV procurou o secretário de meio ambiente, Marcus Vinícius Ferreira de Moraes, para comentar sobre as demandas, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.



 

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