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Viridis investirá US$ 287 milhões em projeto de terras-raras em Poços de Caldas

Atualizado em 26/02/2025

 

Projeto Colossus prevê produção de até 25 mil toneladas de mix de carbonato de terras-raras por ano

 

A mineradora australiana Viridis Mining anunciou um investimento inicial de US$ 287 milhões para o desenvolvimento do Projeto Colossus, localizado em Poços de Caldas, Sul de Minas Gerais. O valor, divulgado no estudo de escopo da empresa, não inclui uma reserva de contingência de 30%, que elevaria o montante total para US$ 337 milhões.

Segundo o diretor-executivo da Viridis, José Marques, o investimento contempla a construção de uma planta industrial, projetada para processar até 5 milhões de toneladas de minério por ano e produzir até 25 mil toneladas de mix de carbonato de terras-raras anualmente. Além disso, a empresa pretende instalar minerodutos para reduzir custos operacionais e minimizar impactos ambientais, como a circulação de caminhões e a emissão de poeira.

Próximos passos e cronograma do projeto

O estudo de escopo é a primeira avaliação econômica do Colossus, e o estudo de pré-viabilidade econômica deve ser concluído até julho deste ano. Já o estudo definitivo de viabilidade econômica tem previsão de entrega para fevereiro de 2026.

Com a conclusão dessas etapas, a mineradora poderá iniciar a captação de recursos para o investimento final. A expectativa é que o licenciamento ambiental avance simultaneamente aos estudos de engenharia, permitindo que as obras da planta industrial comecem no meio de 2026, com o início das operações entre o fim de 2027 e o início de 2028.

Durante a fase de construção, estima-se a contratação de 2 mil trabalhadores. Na etapa operacional, o número de empregos diretos deve variar entre 200 e 300 vagas.

Características do Projeto Colossus

O diretor-executivo da Viridis destacou que o Colossus apresenta vantagens competitivas em relação a outros projetos de mineração, principalmente devido à alta qualidade do minério e à simplicidade do processo de extração e beneficiamento.

“As principais características estão associadas à qualidade do minério, que tem um teor elevado para esse tipo de depósito de argila iônica. Além disso, apresenta recuperação superior a 70% para óxidos de terras-raras magnéticos (MREO) durante o processo de lixiviação com sulfato de amônio”, explica Marques.

Outro diferencial do projeto é a rota de processamento simplificada, que elimina a necessidade de barragens de rejeitos e pilhas de estéril definitivas, reduzindo custos e impactos ambientais.

Destino da produção e perspectivas comerciais

Parte da produção do Colossus deverá abastecer uma refinaria em Poços de Caldas, a ser instalada pela Viridion, joint venture formada pela Viridis e a Ionic Technologies. Essa refinaria terá a função de processar o carbonato de terras-raras e transformá-lo em óxidos de alta pureza, matéria-prima essencial para a fabricação de ímãs de terras-raras, utilizados em setores como automobilístico, tecnologia e energia renovável.

Embora ainda em fase de estudos, a refinaria pode ser implantada antes mesmo da planta de carbonato de terras-raras, devido à crescente demanda global e aos incentivos do governo para fortalecer a cadeia produtiva.

Além do mercado nacional, a Viridis pretende exportar sua produção para refinarias nos Estados Unidos e na Europa. A empresa ainda não fechou acordos comerciais antecipados, mas, com a finalização do estudo de escopo do Colossus, pretende iniciar negociações com potenciais parceiros.

Fonte: Com informações de Diário do comércio.

  

 

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