Atualizado em 17/04/2025

O vereador Kleber Silva (NOVO), de Poços de Caldas, foi acusado de ter furado a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar uma ressonância magnética, após diagnóstico de discopatia degenerativa da coluna lombar — condição que provoca o desgaste dos discos intervertebrais da região lombar. A denúncia partiu do também vereador Diney Lenon (PT), após a divulgação de uma imagem do prontuário de atendimento de Kleber nas redes sociais.

De acordo com Diney, o exame foi autorizado em apenas um dia, enquanto mais de 600 pessoas aguardam pelo mesmo tipo de procedimento na fila da rede pública municipal. Ele informou ainda que o caso já foi encaminhado à Corregedoria da Câmara Municipal.

Em nota publicada nas redes sociais, Kleber Silva confirmou que fez o exame, mas negou ter recebido qualquer tipo de privilégio ou interferência política. Segundo o vereador, o atendimento foi feito com base em critérios médicos de urgência, dentro dos protocolos estabelecidos pelo SUS e com encaminhamento oficial.

O parlamentar também repudiou o vazamento de seus dados médicos, classificando o episódio como violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e do Código de Ética Médica. Para Kleber, a denúncia tem motivação política e representa um caso de perseguição pessoal.

“Infelizmente, o uso político de situações delicadas como esta parece cada vez mais comum”, declarou.

“Lamento profundamente que, ao invés de se buscar a verdade com responsabilidade, estejam tentando transformar um caso de saúde em instrumento de ataque pessoal.”

Confira abaixo a nota oficial de Kleber Silva, na íntegra:

Nota Oficial

“Diante das recentes especulações envolvendo meu nome em relação a um suposto favorecimento no sistema de saúde municipal, venho a público esclarecer:

1. Fui atendido com base em critérios médicos de urgência, devidamente respaldado por encaminhamento médico oficial, dentro dos protocolos estabelecidos pelo SUS. Não houve qualquer tipo de privilégio, interferência política ou quebra de prioridade. Tenho plena convicção de que nenhuma irregularidade foi cometida, nem por mim, nem pela Secretaria de Saúde, que vem atuando com seriedade e compromisso com toda a população.
2. Repudio com veemência a circulação indevida do meu encaminhamento médico em grupos de WhatsApp e redes sociais, o que configura grave violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018), especialmente os artigos 5°, inciso II, e 7°, que protegem dados sensíveis de natureza pessoal, como informações sobre saúde. Além de expor de maneira indevida meu problema de saúde, também expuseram dados pessoais.
3. Além de ilegal, o vazamento fere o Código de Ética Médica, compromete a confiança no sistema público e expõe profissionais que apenas cumpriram seu dever. O nome do médico e de servidores envolvidos no atendimento foram divulgados sem qualquer respaldo legal, o que, além de antiético, pode configurar crime e abrir margem para responsabilizações cíveis e pedidos de indenização por danos morais e violação de sigilo profissional.
4. Existem meios legais e institucionais para apurar qualquer eventual irregularidade e isso deve ser feito com seriedade, sem expor terceiros inocentes.
5. Infelizmente, o uso político de situações delicadas como esta parece cada vez mais comum.
   Lamento profundamente que, ao invés de se buscar a verdade com responsabilidade, estejam tentando transformar um caso de saúde em instrumento de ataque pessoal e perseguição política.

Reafirmo minha total tranquilidade, respeito à população e meu compromisso com a ética e a verdade. Sempre estive, e continuo, à disposição para todos os esclarecimentos necessários.

Kleber Gonçalves da Silva
Vereador – Poços de Caldas / Partido NOVO

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