Vereador Diney Lenon critica decisão da Câmara e fala em “incoerências, politicagem e traição”
Atualizado em 27/02/2025
O vereador Diney Lenon (PT) usou suas redes sociais para expressar indignação após a Câmara Municipal rejeitar a admissibilidade de sua denúncia contra o prefeito Paulo Ney. O pedido visava a cassação do mandato do chefe do Executivo pela nomeação do ex-prefeito Sérgio Azevedo como diretor-presidente de uma das empresas do grupo DME.
“Incoerências, politicagem e traição. Esses são os termos que me ocupam a mente ao pensar na reunião da Câmara de hoje”, declarou o parlamentar.
A votação ocorreu na terça-feira (25), quando os vereadores decidiram se a denúncia deveria ser aceita e investigada. Segundo Diney, a rejeição do pedido impede que a questão seja apurada.
“Só aceitar a denúncia não significa nada. Significa que vai ser apurado. Quando os vereadores votam contra o que a gente chama de admissibilidade da denúncia, ou seja, quando eles votam contra dar andamento à denúncia para se apurar algo, eles estão dizendo: não, e nós entendemos que isso tem que ser apurado”, explicou.
Críticas à postura dos parlamentares
Diney Lenon afirmou que a decisão foi frustrante e que a política deveria ser tratada com mais seriedade. Ele destacou o posicionamento de alguns vereadores que argumentaram contra a abertura do processo e participaram do debate, mas criticou aqueles que permaneceram em silêncio.
“Eu não chamo de política, eu chamo de politicagem. Foi feito malabarismo com palavras, argumentos. Reconheço e admiro muito o Marcus Togni, o Aliff, o Flavinho e o Marcos Sansão, que, se me lembro bem, se posicionaram e argumentaram contra a abertura do processo. Ali sim, é um espaço de debate de ideias”, afirmou.
Por outro lado, Diney considerou preocupante a falta de manifestação de parte dos vereadores. Para ele, a função de um representante eleito é justamente usar sua voz para defender o que considera certo e questionar o que julga errado.
“Quando elegemos um representante, é para ele falar, defender o que é certo, questionar o que é errado e falar por seus representados. Numa votação dessa grandeza, não se manifestar é preocupante”, concluiu.
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