Polícia Civil investiga denúncia de intolerância religiosa em escola municipal de Poços de Caldas
A Polícia Civil de Poços de Caldas está investigando uma denúncia de intolerância religiosa que envolve uma professora de 47 anos da Escola Municipal João Pinheiro.
A educadora, que atuava na instituição há nove anos, afirma ter sido vítima de discriminação religiosa e assédio moral no ambiente de trabalho.
Conforme relato da professora, os problemas começaram após a chegada de um aluno com comportamento atípico, situação que, segundo ela, foi negligenciada tanto pela escola quanto pela Secretaria Municipal de Educação (SME).
Ela relatou dificuldades em manter a segurança da turma, uma vez que o aluno apresentava atitudes agressivas, e não recebeu o suporte necessário da instituição.
No dia 1º de abril, após retornar de um afastamento médico, a professora foi chamada pela direção da escola e informada que duas mães haviam decidido retirar suas filhas da instituição. O motivo alegado seria pelas práticas religiosas da docente. A professora gravou a conversa e comunicou o caso à SME. De acordo com seu relato, a então secretária de educação reconheceu o episódio como intolerância religiosa e orientou a docente a abordar todas as religiões em sala de aula, conforme previsto pela legislação.
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Além da acusação de intolerância religiosa, a professora relatou ter sofrido assédio moral por parte de uma supervisora, que frequentemente fazia comentários depreciativos sobre sua fé.
Embora tenha registrado um boletim de ocorrência, a docente inicialmente não tinha a intenção de dar prosseguimento ao caso. Entretanto, em julho, a situação se agravou com uma denúncia anônima ao Conselho Tutelar, que acusou a professora de maus-tratos contra o aluno, levando ao afastamento imediato da educadora, sem a instauração de sindicância.
A professora então buscou o apoio do Sindicato dos Servidores Públicos, o que resultou na abertura de uma investigação interna, além de levar o caso ao Ministério Público e à Defensoria dos Direitos Humanos.
Em resposta, a prefeitura de Poços de Caldas, por meio de sua assessoria de comunicação, afirmou que o caso foi discutido entre a ex-secretária de educação, a direção da escola e a professora, e que todos os pontos foram esclarecidos. A nota destacou que, em junho deste ano, ocorreram outros incidentes envolvendo a docente na unidade escolar.
“Ela foi afastada e, posteriormente, decidiu formalizar o boletim de ocorrência. Todos os envolvidos já foram convocados pela Polícia Civil para prestar esclarecimentos. Os fatos estão devidamente registrados nos relatórios da SME”, conclui a nota.
As investigações continuam em andamento, e a professora segue aguardando uma solução para o caso.
Fonte: Com informações de Secretaria de Comunicação e Onda Poços.
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