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Poços de Caldas está entre as piores cidades para mulheres no Brasil, aponta ranking nacional

Atualizado em 10/06/2025

 

Estudo revela que município ocupa a 53ª posição em lista que avaliou 319 cidades de médio e grande porte no país

Mariakray | Dreamstime.com

Um estudo inédito divulgado pela Tewá 225 neste mês de junho revelou que Poços de Caldas está entre as cidades brasileiras com os piores índices de igualdade de gênero. O levantamento, intitulado “Piores Cidades Para Ser Mulher — 2024”, analisou 319 municípios com mais de 100 mil habitantes e constatou que 85% dessas cidades oferecem condições consideradas “muito baixas” para as mulheres.

No ranking geral, Poços de Caldas aparece na 53ª posição, com 29,75 pontos, numa escala que vai de 0 a 100, e classificada na faixa de desempenho “Muito Baixo” para a promoção da igualdade de gênero.

Feminicídio e baixa representatividade política

O levantamento utilizou dados do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR), com foco no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 (ODS 5), que trata da igualdade de gênero. Foram analisadas variáveis como:

  • Taxa de feminicídio
  • Desigualdade salarial entre homens e mulheres
  • Proporção de vereadoras na Câmara Municipal
  • Número de jovens mulheres que não estudam nem trabalham
  • Diferença entre homens e mulheres na mesma situação

Em Poços de Caldas, os principais problemas apontados foram a baixa representatividade feminina no legislativo, com menos de 30% de vereadoras no último ciclo (2020-2024), e a alta taxa de feminicídios, que posiciona o município entre os piores do país nesse indicador.

Desigualdade salarial segue alta

Embora algumas cidades brasileiras tenham avançado na redução da desigualdade salarial entre homens e mulheres, o relatório mostra que Poços de Caldas continua distante desse cenário. No município, o índice referente a esse item ficou em faixa considerada baixa, reforçando o quadro de desvantagem econômica para a população feminina e evidenciando a necessidade de ações mais eficazes para garantir igualdade no mercado de trabalho.

Juventude feminina fora da escola e do trabalho

Outro dado preocupante diz respeito ao número de jovens mulheres que não estudam nem trabalham. De acordo com a Tewá 225, o índice de “nem-nem” entre mulheres de 15 a 24 anos em Poços de Caldas também ficou entre os mais altos do ranking, indicando um cenário de vulnerabilidade social e econômica para esse público, que enfrenta dificuldades para acessar educação, emprego e autonomia financeira.

Nenhuma cidade brasileira alcança nível ideal

O relatório ainda mostra que nenhuma cidade brasileira conseguiu alcançar sequer a faixa “Alta” ou “Muito Alta” de igualdade de gênero. O município mais bem colocado foi Araras (SP), com 50,68 pontos, ainda classificado como “Médio” — o que evidencia o tamanho do desafio nacional para avançar na segurança, inclusão social e autonomia econômica das mulheres.

Especialistas defendem políticas públicas específicas

A Tewá 225 recomenda que os municípios criem conselhos de políticas para mulheres, ampliem as ações de enfrentamento à violência doméstica e incentivem a inclusão produtiva e qualificação profissional para jovens mulheres.

O relatório também alerta que o desempenho das cidades não está necessariamente vinculado ao PIB ou porte econômico, e sim à capacidade de implantar políticas específicas para garantir condições dignas de vida às mulheres.

 

 

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