Ordem do Dia 27/06/25
Atualizado em 27/06/2025
Em meio ao anúncio do recorde de arrecadação tributária no Brasil, 230 bilhões só em maio, notícias contraditórias se acumulam.
Cogitam o “apagão fiscal” em 2027, marcado pelo engessamento orçamentário. Seriam os gastos obrigatórios, constitucionalmente definidos, e as inarredáveis despesas de custeio pré contratadas (salários, aposentadorias e pensões, por exemplo), extinguindo a capacidade de gastos discricionários do governo.
Adeus ao investimento.
Não sobrariam recursos nem para o cafezinho.
A isso somam-se discursos do Banco Mundial, propondo medidas para o Brasil voltar a ter contas públicas no azul.
Nesse contexto, a tentativa do governo de aumentar a arrecadação, via majoração do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), sofre acachapante derrota no Congresso Nacional. Uma surra.
Esse mesmo Congresso que, através de emendas obrigatórias e secretas, promove a maior “tunga” nos recursos públicos, “jamais vista neste país”.
Superaram mensalão e petrolão, mostrando que os descalabros petistas encontraram rival à altura. E ainda maior.
A irresponsabilidade fiscal, que o governo Lula 3 pratica desde seu primeiro dia, teria encontrado seu limite.
Como diria o cancioneiro popular, “o tempo passou na janela e só Carolina não viu”.
Um governo que ganhou por muito pouco, se recusou a caminhar em direção ao Centro, ignorou as boas práticas na Administração Pública, cavou a própria cova, que se prepara para ocupar em 2026.
A direita vem aí, engolindo o Centro Democrático, anunciando o prematuro inverno da esquerda atrasada.
E não seria um Magalhães Pinto, um Rondom Pacheco ou um Aureliano Chaves que vem aí.
Preparem-se para, uma vez mais, tremerem diante da imprevisível escória política.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: moc.liamg @oatsegsuirp.erednaocram
Deixe um comentário