Operação Dublê desarticula organização criminosa especializada no “GOLPE DO PIX”
Atualizado em 24/08/2023
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Civil do Ceará (PCCE) realizaram conjuntamente a operação Dublê, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida em crimes cibernéticos de fraude eletrônica. A operação ocorreu nas cidades de Fortaleza e Maracanaú, resultando na detenção de seis suspeitos no dia 23 de agosto.
A Vara Criminal de Frutal, no Triângulo Mineiro, emitiu um total de dez mandados, incluindo seis de prisão preventiva. Até o momento, três homens e três mulheres, com idades entre 26 e 45 anos, foram presos. As investigações continuam para localizar e prender os demais suspeitos.
A investigação conduzida pela Delegacia de Polícia Civil em Frutal revelou que os membros dessa organização criminosa operavam de maneira coordenada, aplicando golpes de estelionato através de aplicativos de mensagens. O modus operandi envolvia a clonagem de aplicativos das vítimas ou o uso de imagens de parentes e amigos em perfis falsos. A partir desses perfis falsos, os criminosos solicitavam transferências de dinheiro via Pix para contas controladas por terceiros, aproveitando-se da confiança das vítimas.
Os golpes se espalharam por diversas cidades mineiras e de outros estados brasileiros. Apenas em Minas Gerais, foram identificadas ocorrências nas cidades de Frutal, Patrocínio, Lagoa da Prata, Nanuque, Uberaba, Poços de Caldas, Uberlândia, Três Corações, Ituiutaba, Santa Luzia, Belo Horizonte, Araguari, Vespasiano, Foz do Iguaçu, Ubá, Ribeirão das Neves, Araxá, Juiz de Fora e Ipatinga, resultando em um montante aproximado de R$ 120 mil obtidos de forma ilícita por meio de transações via Pix. A investigação indica que o grupo criminoso pode ter lucrado mais de R$ 1 milhão em golpes em todo o país. Descobriu-se também que a organização criminosa abriu cerca de 185 contas bancárias para facilitar as transações fraudulentas, mas as autoridades conseguiram bloquear essas contas e solicitar o sequestro dos valores.
Os suspeitos enfrentarão acusações de organização criminosa e estelionato por meio de fraudes eletrônicas. A investigação continua para verificar possíveis crimes de lavagem de dinheiro.
O delegado João Carlos Garcia Pietro Júnior destacou a importância da colaboração entre as polícias de Minas Gerais e do Ceará no combate aos crimes cibernéticos, ressaltando que essa ação conjunta representa um avanço significativo. Ele adiantou que as investigações estão em andamento e novos desdobramentos são esperados nos próximos dias.
O nome “Dublê” escolhido para a operação faz uma analogia ao mundo cinematográfico, onde um dublê executa ações arriscadas em substituição a um ator. De maneira semelhante, os criminosos assumiam identidades falsas ao utilizar imagens das vítimas e novos números de telefone, agindo em seus nomes para cometer golpes financeiros e extorquir dinheiro de seus conhecidos.
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