Minas Gerais se aproxima do número total de casos de Mpox registrados em 2023
Minas Gerais está a um caso de igualar o número de diagnósticos confirmados de Mpox registrados em todo o ano passado.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), até o momento, foram notificados 121 casos em 2024, dos quais 49 já foram confirmados. Não houve, entretanto, registro de óbitos pela doença neste ano.
Em 2023, foram contabilizados 485 casos suspeitos, com 50 confirmações e um óbito.
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No último dia 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o cenário da Mpox no continente africano constitui uma emergência em saúde pública de importância internacional, devido ao risco de disseminação global e ao potencial de uma nova pandemia. Este é o mais alto nível de alerta da entidade.
No Brasil, 709 casos e 16 mortes por Mpox foram registrados até agora em 2024.
Apesar da circulação de uma variante mais perigosa na África, o Ministério da Saúde avalia que o risco para o Brasil permanece baixo.
Vacina
A chegada das novas doses da vacina contra a Mpox, que estão em negociação pelo Ministério da Saúde, ainda não tem uma data definida, mas é esperada “em breve”, segundo a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel. Em entrevista ao g1, Ethel afirmou que as negociações para a aquisição da vacina da Bavarian Nordic — a mesma distribuída aos estados em 2023 — já estavam em andamento antes mesmo do decreto de emergência da OMS na última semana.
“Não posso fornecer uma data exata para a chegada das doses, uma vez que isso não depende mais do Ministério da Saúde. Mas a fase mais complexa, que envolveu a obtenção da autorização especial para a importação da vacina, já foi concluída”, explicou a secretária.
Ela acrescentou que a expectativa é de que as doses sejam recebidas em breve, embora o processo ainda dependa do Fundo Rotatório da OPAS.
O que é Mpox?
Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença infecciosa causada pelo vírus mpox, que afeta tanto humanos quanto outros animais.
Os sintomas iniciais incluem febre, dores de cabeça, dores musculares, aumento dos gânglios linfáticos e fadiga. Posteriormente, surgem erupções cutâneas, que começam como manchas vermelhas e planas e evoluem para bolhas com pus e crostas.
O período de incubação do vírus é de cerca de 10 dias, e a duração dos sintomas geralmente varia de duas a quatro semanas.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão do vírus da Mpox acontece principalmente por contato direto com secreções respiratórias, feridas ou bolhas na pele de uma pessoa infectada, além do compartilhamento de objetos recentemente contaminados com fluidos do paciente ou materiais da lesão.
Em caso de suspeita de Mpox, é essencial procurar uma unidade de saúde para confirmação por meio de exame laboratorial e receber o tratamento adequado.
Durante o período de sintomas, o recomendado é evitar contato próximo com outras pessoas e realizar isolamento imediato, além de não compartilhar objetos pessoais, como toalhas e roupas de cama.
Tratamento e cuidados
Não há tratamento específico para a infecção por Mpox. A atenção médica foca no alívio dos sintomas e na prevenção de possíveis sequelas. É importante estar atento a uma possível piora dos sintomas ou aumento das lesões, bem como a problemas nos olhos, como inchaço e conjuntivite.
Combate à desinformação
Circulam informações falsas que associam a Mpox a um efeito colateral das vacinas contra a Covid-19. Essa narrativa é infundada, já que a infecção por Mpox é causada por um vírus específico e não por imunizantes. É importante esclarecer que não existe a possibilidade de contrair Mpox por meio da vacinação. Vacinas são seguras e desenvolvidas para prevenir doenças, não para causá-las.
Mudança de nomenclatura
A doença ficou popularmente conhecida como varíola dos macacos, o que gerou desinformação e ataques a primatas, que foram erroneamente associados à transmissão do vírus. Em maio de 2022, a Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr) esclareceu que o surto da doença em humanos não envolveu macacos como vetores de transmissão. Em resposta, a OMS designou o termo “Mpox” para substituir “varíola dos macacos” (monkeypox), evitando estigmatizações injustificadas e protegendo a fauna silvestre.
Fontes: Agência Brasil, EM, OMS e G1.
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