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Congados e Reinados são Reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais

Atualizado em 05/08/2024

Ternos de congados e reinados ocupam Praça da Liberdade em Belo Horizonte.

O Governo de Minas Gerais alcançou um marco significativo ao reconhecer os congados e reinados como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado. A oficialização do status ocorreu no sábado, 3 de agosto, marcando um momento de celebração para as tradições culturais de Minas Gerais.

A decisão foi anunciada pelo vice-governador, Professor Mateus, e pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, após a conclusão de uma pesquisa e dossiê elaborados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

O reconhecimento foi formalizado por votação do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep), que destacou a importância dessas tradições para a preservação cultural e a promoção das manifestações populares.

A cerimônia incluiu a entrega do certificado à Rainha Belinha, Rainha Conga do Estado Maior de Minas Gerais e da Guarda de Moçambique. A celebração foi acompanhada por um cortejo dos congadeiros pela Praça da Liberdade até o Palácio da Liberdade, onde foi erguida a bandeira de Nossa Senhora do Rosário.

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O reconhecimento dos congados e reinados também reflete um esforço contínuo na luta contra o preconceito racial. Tradicionalmente compostos por pessoas negras, esses grupos enfrentaram históricamente discriminação e tentativas de apagamento cultural. Adriano da Silva, diretor de proteção e memória do Iepha-MG, destacou que o título de patrimônio cultural não apenas protege essas tradições, mas também simboliza um avanço significativo na luta contra o racismo.

“O reconhecimento histórico é crucial. Não só garante ações concretas para a preservação da cultura, mas também reforça a importância da luta e resistência dos povos africanos escravizados, agora valorizados e reconhecidos”, afirmou Silva.

O vice-governador Professor Mateus também ressaltou a relevância deste reconhecimento para a valorização da ancestralidade negra em Minas Gerais. Ele destacou que as festas de congado têm origem em 1697, realizadas por comunidades escravizadas, e que este marco representa uma afirmação da importância da cultura afromineira na formação da identidade do estado.

“A integração e valorização da cultura negra são essenciais para compreender a história e a formação de Minas Gerais. Esse reconhecimento reforça que os negros foram, são e sempre serão parte fundamental da nossa cultura”, disse o vice-governador.

Além disso, a Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) anunciou que nesta semana será lançado um edital focado na afromineiridade e que há planos para mapear o afroturismo no estado, ampliando o apoio e a visibilidade das tradições afro-brasileiras em Minas Gerais.



 

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