Audiência Pública sobre Situação dos Ambulantes Atrai Menor Público do que o Esperado
Na última quarta-feira, dia 28, a Câmara Municipal realizou uma audiência pública para discutir a situação dos vendedores ambulantes, porém, o evento não obteve a adesão esperada da comunidade.
A sessão, presidida pelo vereador Diney Lenon, proponente da audiência, contou com a presença da tenente PM Bernardes, representando o 29º BPM, Renato Lúcio Rodrigues de Castro, representante dos trabalhadores do comércio ambulante, e Wanda Eliana Alves, representante das trabalhadoras do mesmo setor.
Entre os presentes, destacaram-se os vereadores Ricardo Sabino, Claudiney Alves e Silvio de Assis. O presidente da Câmara, Douglas Dofu, justificou sua ausência devido a uma viagem.
O vereador Diney Lenon expressou a importância de ouvir a população e destacou a preocupação com as condições de trabalho dos ambulantes, criticando a falta de diálogo democrático na administração municipal.
Por sua vez, a tenente PM Bernardes esclareceu o papel da polícia militar nas fiscalizações aos ambulantes, enfatizando que a atuação da PM é de apoio para garantir o cumprimento das leis e regulamentos.
“Agimos para garantir aos funcionários públicos, o poder de polícia no exercício da fiscalização, que é prevista e regulamentada”, explicou o militar.
Renato Lúcio Rodrigues de Castro ressaltou a baixa representatividade dos vereadores na audiência, enfatizando a necessidade de apoio político para a aprovação de leis que beneficiem os ambulantes, que representam mais de 150 famílias na cidade.
“Pode ser que tenham outros, mas em outras funções e não podem estar aqui, só que para que a lei seja aprovada é preciso de 8 vereadores. Nós, ambulantes, somos mais de 150 famílias e eu, há algum tempo, não consigo dormir direito e nesta noite não consegui dormir porque sabia que estaria nesta bancada representando os colegas e também a população”, afirmou.
Ele também destacou a contribuição dos ambulantes para a economia e cultura local, criticando a pressão de alguns empresários sobre o governo para restringir a atividade dos vendedores ambulantes.
“Tenho 19 anos em Poços e nesse tempo eu vendo pamonha e milho verde nas ruas, antes de mim existiam outros agregando a cultura da cidade. A economia de Poços também depende de nós e não é por causa de meia dúzia de empresários que ficam pressionando o governo para nos tirar das ruas, que a administração pode agir assim”, alertou Renato.
Diante das preocupações levantadas na audiência, fica evidente a necessidade de um diálogo mais amplo e participativo entre os diversos setores da sociedade para encontrar soluções que atendam aos interesses de todos os envolvidos.
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