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Sol alaranjado: beleza natural esconde riscos invisíveis. Entenda:

Atualizado em 06/09/2024

Foto: Denis Souza.

Nos últimos dias, o céu tem sido pintado por um espetáculo natural: o sol alaranjado fluorescente. Embora o visual seja encantador, especialistas alertam que o fenômeno é um indicativo de condições atmosféricas potencialmente perigosas.

As cores que vemos no nascer e pôr do sol variam de laranja, rosa, roxo a vermelho, de acordo com fatores como umidade, qualidade do ar e a cobertura de nuvens.

Segundo a meteorologista Anete Fernandes, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), esse fenômeno é comum no inverno, mas vem se intensificando devido ao aumento das queimadas e dos poluentes no ar.

“Tem a ver com o tempo seco. Quanto maior a quantidade de material particulado, poeira e poluição, maior o espalhamento nos tons de alaranjados”, explica Anete.

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Ruibran dos Reis, meteorologista do Climatempo, complementa que o fenômeno ocorre tanto no pôr quanto no nascer do sol. Ele atribui o efeito à ausência de nebulosidade durante a noite, o que permite que a energia acumulada no solo ao longo do dia seja dissipada.

“Durante a noite, uma bolha de calor se forma e fica estacionária entre 500 e 600 metros de altura, retendo o material particulado próximo à superfície. Esse material, como poeira e fumaça, reflete a radiação solar, resultando no tom alaranjado”, detalha Ruibran.

Além de alterar as cores do pôr do sol, a alta concentração de poluentes também pode modificar a cor da Lua.

Durante esse período de seca e poluição, a Lua pode adquirir um tom mais avermelhado, principalmente quando está próxima ao horizonte, devido ao reflexo da luz nas partículas de poluição.

O excesso de poluentes, porém, não apenas afeta as cores no céu, mas também prejudica a visibilidade do Sol e da Lua.

Cidades que recentemente amanheceram cobertas pela fumaça das queimadas experimentaram o nascer do sol sem seu brilho habitual, encoberto pela espessa camada de fumaça.

Embora proporcionem belas cores, o tempo seco e a poluição podem agravar problemas respiratórios.

Em dias com baixa umidade e calor intenso, recomenda-se beber bastante líquido, evitar atividades físicas intensas durante os horários mais secos e não se expor ao sol nas horas mais quentes do dia.

Essas precauções são essenciais para minimizar os impactos à saúde em um cenário onde a beleza natural esconde riscos invisíveis.



 

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