Vacina Contra HPV: Proteção Contra o Câncer, mas Desafios Persistem na Adesão no Brasil
No Brasil, uma vacina revolucionária está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo proteção contra o vírus do papiloma humano (HPV), associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero e outros tipos de câncer, como os de pênis, ânus, orofaringe, vagina e vulva.
Desde sua inclusão no Plano Nacional de Imunizações (PNI) em 2014, a vacinação contra o HPV tem sido uma ferramenta crucial na prevenção dessas doenças devastadoras.
Apesar de ser gratuita e abranger uma ampla gama de benefícios, a adesão à vacinação ainda não atingiu os níveis desejados no país, especialmente entre os meninos.
Diversos fatores contribuem para essa situação, incluindo desinformação e preconceitos, como observado pelo pediatra e infectologista Renato Kfouri.
A desinformação sobre os riscos associados ao HPV e à importância da vacinação é um obstáculo significativo.
Neila Speck, presidente da Comissão Nacional Especializada no Trato Genital Inferior da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), ressalta a necessidade de educação e conscientização sobre as doenças que o HPV pode causar, além do esquecimento dos responsáveis sobre o esquema de duas doses da vacina.
Os números da cobertura vacinal no Brasil refletem esses desafios, com taxas ainda aquém das recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Enquanto 75,61% das meninas receberam a primeira dose entre 2018 e 2024, apenas 58,19% completaram o esquema vacinal de duas doses. Para os meninos, os números são ainda menores, com apenas 52,86% recebendo a primeira dose e 33,12% completando o esquema.
A importância da vacinação precoce é enfatizada pelos especialistas, destacando que a faixa etária de 9 a 14 anos é prioritária devido à maior eficácia da vacina nesse grupo. Além disso, a imunização antes do início da vida sexual é crucial para garantir a proteção completa contra o HPV.
A vacinação contra o HPV não se limita apenas aos jovens, mas também se estende a adultos em condições clínicas especiais, vítimas de abuso sexual e outros grupos vulneráveis.
No entanto, é essencial intensificar os esforços para aumentar a conscientização e a acessibilidade à vacina, especialmente entre os mais jovens.
Em suma, a vacina contra o HPV representa uma poderosa ferramenta na prevenção do câncer, mas seu impacto total só pode ser alcançado com uma adesão mais ampla e eficaz.
É fundamental promover a educação sobre os benefícios da vacinação e garantir sua disponibilidade e acessibilidade a todos os grupos vulneráveis, para alcançar uma sociedade mais saudável e protegida contra essa ameaça grave à saúde pública.
Fonte: Com informações de G1.
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