Queda no Hábito de Vacinação Preocupa Autoridades de Saúde; Em 2023 Nenhuma Vacina Atingiu a Meta Estabelecida
O Brasil, reconhecido internacionalmente por seu programa de vacinação, enfrenta uma queda preocupante no hábito de vacinar desde 2016.
Segundo dados do Observatório da Atenção Primária à Saúde, a média nacional de imunização de 20 vacinas gratuitas manteve-se acima de 70% de 2001 a 2015, porém, em 2016, registrou uma redução para 59,9%.
A principal razão por trás desse declínio é atribuída à erradicação de epidemias que marcaram o passado do país, levando os brasileiros a desenvolver uma falsa sensação de segurança em relação às vacinas, como aponta Akira Homma, assessor científico sênior de Bio-Manguinhos, da Fiocruz. Mesmo com campanhas publicitárias contínuas, a adesão à vacinação diminuiu, conforme destacado por Isabella Ballalai, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).
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Para enfrentar esse desafio, o governo federal tem investido bilhões em imunizantes, desembolsando R$ 6,5 bilhões em 2023 e prometendo mais R$ 10,9 bilhões este ano.
No entanto, apesar desses esforços financeiros substanciais, a cobertura vacinal ainda está longe de atingir a meta de 95% do público-alvo.
Um levantamento realizado pelo UOL revelou que em 2023 nenhuma vacina atingiu a meta estabelecida.
A Tríplice Viral, destinada a bebês, e a Pneumocócica, aplicada em crianças de 2 meses a 5 anos e idosos a partir dos 60, foram as que mais se aproximaram, alcançando 86,8% do público-alvo.
Além disso, houve uma queda na cobertura da BCG, que passou de 90% em 2022 para apenas 77,5% em 2023, com dados ainda preliminares.
Mesmo a vacinação contra a dengue não decolou, apesar de um número recorde de mortes confirmadas, indicando uma lacuna significativa na proteção contra doenças potencialmente devastadoras.
Enquanto o governo continua a investir recursos consideráveis na produção e distribuição de vacinas, é essencial que se aborde a questão da conscientização e educação pública sobre a importância da vacinação para proteger não apenas os indivíduos, mas também a saúde pública como um todo.
Fonte: Com informações de EBC e UOL.
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