Poços de Caldas no Centro da Geopolítica Global: Terras Raras Atrai Foco de economista com destaque no mercado Internacional
Poços de Caldas tem sido destaque no mercado global de terras raras, essenciais para a tecnologia de ponta e energia renovável. Numa entrevista exclusiva, a macroeconomista Nomi Prins, o secretário de desenvolvimento econômico e trabalho, Franco Martins, e o vice-prefeito, Júlio César de Freitas, destacou a interseção entre política monetária e financeira, economia energética, e o desenvolvimento de recursos naturais.
Nomi Prins, renomada especialista em geopolítica financeira, tem sete obras publicadas, com o título mais recente sendo ‘Permanent Distortion: How Financial Markets Abandoned the Real Economy Forever’ (Distorção Permanente: Como os mercados financeiros abandonaram para sempre a economia real). Ela já foi destaque em importantes redes de comunicação, como BBC, CNN, Bloomberg, CNBC, MSNBC, CSPAN, Fox Business e PBS, e participou de diversos documentários nos Estados Unidos, Coreia, Holanda, Alemanha, França, entre outros. Seus artigos foram veiculados em publicações de prestígio como The New York Times, Forbes, Fortune e The Guardian.
Recentemente, a autora visitou Poços de Caldas para explorar como a diversidade geo-mineralógica da região transformou-se em um foco estratégico para investimentos em mineração, especialmente em terras raras. O Brasil possui a terceira maior reserva mundial desses minerais, com 21 milhões de toneladas. O potencial de crescimento econômico do país com a exploração desses recursos é superior ao de muitas outras indústrias, impulsionado pela abundância de reservas e pela demanda global crescente em setores como defesa, petróleo e gás, telecomunicações, energia, transporte e semicondutores.
Durante sua visita, Prins comentou: “O Planalto de Poços de Caldas é agora visto globalmente como uma região chave devido à sua abundância e viabilidade econômica para a exploração desses minerais. Escrevi sobre o cenário global competitivo para minerais de terras raras em meus cinco pontos críticos para 2024 no início deste ano. A competição só vai se intensificar e a IA será um fator de destaque. Nos próximos cinco flashpoints trimestrais, vou abordar esse assunto e estarão disponíveis em breve.”
Há uma oportunidade para o Brasil ampliar sua produção de terras raras e gerar novos empregos ao investir em produtos e tecnologias inovadoras de mineração. Esses avanços contribuiriam para o desenvolvimento econômico nacional e fortaleceriam sua posição no cenário global. Se realizada de maneira sustentável e ecologicamente responsável, essa expansão também poderia ter um impacto social positivo. O setor minerador brasileiro se beneficiaria significativamente com a adoção de tecnologias inovadoras por empresas internacionais, incluindo equipamentos avançados de separação e métodos de extração orientados por inteligência artificial para um processamento ambientalmente sustentável. A inteligência artificial também desempenha um papel crucial no processamento, prevenção de falhas, análise geológica, e na operação e manutenção de minas.
Recentemente, duas empresas australianas anunciaram planos de investimento que somam R$ 2,4 bilhões na região. A estratégia visa explorar as reservas de terras raras, projetando Poços de Caldas como um dos principais polos produtores mundiais destes minerais críticos.
Estas iniciativas estão alinhadas com uma tendência global de diversificação das fontes de terras raras, tradicionalmente dominadas pela China. O secretário Franco Martins ressaltou:
“A exploração destas terras raras não apenas fortalecerá a economia local, mas também posicionará o Brasil como um player significativo no mercado global, atendendo à crescente demanda por materiais essenciais para a alta tecnologia e energias renováveis.”
A localização estratégica do Planalto de Poços de Caldas, na divisa entre Minas Gerais e São Paulo, facilita o acesso e a logística, tornando os projetos ainda mais atrativos. As terras raras, compostas por 17 elementos químicos, são indispensáveis para a fabricação de uma vasta gama de produtos tecnológicos, desde dispositivos móveis a turbinas eólicas e carros elétricos.
Além do potencial econômico, a exploração desses recursos coloca em debate questões ambientais e sociais importantes. O vice-prefeita Júlio César de Freitas enfatizou a necessidade de uma abordagem sustentável:
“É fundamental que o desenvolvimento econômico caminhe lado a lado com a conservação ambiental e o benefício das comunidades locais.”
Este cenário ressalta a complexidade e a importância das decisões geopolíticas e econômicas que moldam não apenas regiões, mas também o equilíbrio global de poder e desenvolvimento tecnológico. Com olhares do mundo voltados para Poços de Caldas, a região se destaca como um exemplo vívido da dinâmica entre recursos naturais e inovação no século XXI.
Mais informações: https://nomiprins.com/
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