Atualizado em 30/06/2025

Segundo a metodologia usada pela USP (Universidade de São Paulo), Bolsonaro reuniu 185 mil manifestantes, em fevereiro de 2024, na Av Paulista.

Em 29 de junho de 2025, pouco mais de um ano depois, Bolsonaro teria reunido cerca de 12 mil pessoas, no mesmo local, segundo a mesma metodologia.

Pelo visto, não seria apenas o prestígio de Lula que está minguando, conforme atestam inúmeras pesquisas. O seu ex-adverso também vai mal. A olhos vistos.

Entretanto, nenhuma opção política se apresenta para ocupar o espaço, cada vez maior, no que seria uma fissura na monolítica polarização. Há rachaduras. Mas não se vê alternativas convincentes, independentes ou autônomas. Haveria sempre um condicionante qualquer.

Os possíveis candidatos, sejam quais forem e de onde venham, não entusiasmam. Alguém arrisca um nome efetivamente respeitável? Nem mesmo propostas há. Pessoas e ideologias parecem esgotadas.

Não se vislumbra nada à frente. No passado recente, só temos decepções. Haveria um cansaço difuso e uma paralisação de propósitos.

Nem mesmo gurus se apresentam.

Houve tempo em que, apesar das dificuldades, havia esperança e caminhos a serem seguidos.

Desde que o Brasil surgiu, seu povo e suas lideranças propunham soluções objetivas.

O que haveria, hoje, de concreto para se propor, com alguma certeza?

Parece que estamos todos paralisados, a partir da mesma toada: se não sabemos para onde ir, melhor ficarmos onde estamos.

Mas e se estivermos nos debatendo sobre um pântano? Vamos simplesmente afundar?

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: moc.liamgobfsctd-2d6006@oatsegsuirp.erednaocram