Greve em Universidades e Institutos Federais do Sul de Minas Já Dura Mais de Dois Meses
Professores e técnicos afirmam que continuarão com as atividades paralisadas até que suas reivindicações sejam atendidas.
A greve nas universidades públicas e institutos federais do Sul de Minas ultrapassa dois meses. Professores e técnicos permanecem firmes, exigindo reestruturação de carreira e recomposição salarial para encerrar a paralisação.
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A Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) entrou em greve em 2 de maio, com adesão de 90% dos professores. Desde então, a instituição enfrenta corredores vazios e salas desocupadas. Hipólito Ferreira Paulino Neto, diretor da UEMG de Passos, destaca a gravidade da situação:
“A UEMG tem o pior salário do Brasil, defasado em 76% desde 2012 até agora. Em 12 anos, houve apenas duas correções pela inflação, sem aumento real de salário”.
Na Universidade Federal de Alfenas (Unifal), os técnicos administrativos iniciaram a greve em 10 de abril. Com 43 servidores paralisados, as aulas práticas que dependem do suporte dos técnicos de laboratório estão suspensas.
Na Universidade Federal de Lavras (Ufla), os professores estão em greve desde 2 de maio e os técnicos administrativos desde 11 de março, afetando mais de 10 mil alunos que estão sem aulas.
Os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) entraram em greve em 15 de abril, resultando na suspensão do calendário acadêmico em todas as unidades do estado.
Os Institutos Federais também aderiram à paralisação. Em Passos, as aulas estão suspensas desde 10 de abril, e a greve continuará até que um acordo seja firmado com os Ministérios da Educação e da Gestão da Inovação em Serviços Públicos. Camila Codogno, secretária do Sind IF Sul de Minas, enfatiza a necessidade da greve: “A greve é necessária quando o diálogo já não é mais suficiente. Desde o começo de 2023, tentamos negociar com o MEC, mas esses diálogos não avançaram”.
Na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), os técnicos administrativos aderiram à greve em 10 de junho. Os professores, no entanto, não se juntaram ao movimento, mantendo as atividades acadêmicas normais.
Após reuniões e assembleias, os servidores em greve na Ufla e no Cefet decidiram continuar com as paralisações, sem previsão de retorno. Na Unifal, o comando da greve informou que, nesta quarta-feira (19), os técnicos aprovaram a proposta do Governo Federal com 91% dos votos, mas a greve será mantida até a assinatura do Termo de Acordo.
O Instituto Federal do Sul de Minas comunicou que oito das nove unidades aprovaram a proposta do Governo Federal, com resultados a serem encaminhados para a Plena do Sinasefe Nacional, que acontecerá em Brasília nesta sexta (21) e sábado (22). Apenas o campus de Passos ainda não havia deliberado até esta quinta-feira (20).
Apesar da posição favorável sobre a proposta do governo, todos os campi do IF Sul de Minas continuam em greve, com calendários acadêmicos suspensos até que um acordo seja assinado entre os sindicatos e o Governo Federal.
A UEMG tinha uma reunião prevista para a última quinta-feira (20) para discutir os próximos passos da greve.
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