DMAE de Poços de Caldas Responde às Preocupações Sobre a Presença de Agrotóxicos na Água
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) de Poços de Caldas respondeu ao jornalismo da Sulminas TV os recentes questionamentos sobre a presença de agrotóxicos na água consumida na região:
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) cumpre rigorosamente a portaria conjunta 08 do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM)/ Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH-MG) e a Portaria 888 do Ministério da Saúde. O laboratório do DMAE realiza análises periódicas seguindo critérios técnicos para assegurar o fornecimento de água de qualidade para toda a população de Poços de Caldas.
Entenda:
Oito municípios do Sul de Minas Gerais estão enfrentando uma preocupante realidade ambiental. Em uma lista que faz parte de um estudo da Repórter Brasil, 27 diferentes agrotóxicos foram detectados na água consumida nessas localidades, um fenômeno chamado de “efeito coquetel”. O resultado é fruto de um cruzamento de dados que combinou informações do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, com testes realizados em 2022.
As cidades afetadas por essa mistura de substâncias tóxicas são Jacutinga, Campo Belo, Nepomuceno, Paraguaçu, Paraisópolis, Poços de Caldas, São Lourenço e Três Pontas, todas localizadas na região do Sul de Minas. A maioria das análises indicou concentrações individuais dentro dos limites considerados seguros pelo Ministério da Saúde. No entanto, o grande problema reside na ausência de regulamentações que considerem os riscos resultantes da interação entre diferentes tipos de agrotóxicos.
Especialistas alertam que o “efeito coquetel” é um motivo de grande preocupação, uma vez que as consequências para a saúde de longo prazo são desconhecidas. Essas detecções ocorreram em amostras de água de diferentes redes de abastecimento, aumentando ainda mais a inquietação em relação à segurança do consumo de água nessas localidades.
O governo de Minas Gerais afirmou que a água distribuída na região é monitorada por um laboratório regional da Copasa, que atende a 124 municípios e realiza centenas de análises diariamente. Segundo o governo, todos os procedimentos seguem normas internacionais, garantindo a qualidade e a confiabilidade dos resultados. A Copasa também esclareceu que não é responsável pelo sistema de abastecimento de água em nenhuma das cidades citadas na lista.
Este não é um problema novo na região. Em 2019, outro levantamento conduzido pela Repórter Brasil, Agência Pública e Public Eye, com base em dados do Ministério da Saúde, revelou que 45 cidades do Sul de Minas Gerais já sofriam com a contaminação da água por agrotóxicos. Em sete delas, a presença desses produtos químicos estava bem acima dos níveis permitidos.
Entre os municípios afetados naquele estudo, destacam-se nomes como Elói Mendes, Paraguaçu, Bom Sucesso, Ibituruna, Carvalhos e Andradas. A preocupação com a qualidade da água nas áreas rurais e urbanas do Sul de Minas Gerais destaca a necessidade urgente de regulamentações mais rígidas e a implementação de medidas para garantir a segurança do abastecimento de água para a população dessas cidades.
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