CNEN é acionada por suspeita de furto de material radioativo
De acordo com a jornalista Tânia Malheiros, até agora a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) não divulgou informações sobre o desaparecimento de fontes radiativas de césio-137. Tudo começou na noite de quinta-feira, 29, quando a Comissão foi acionada por mineradora, localizada em Minas Gerais, para informar que duas fontes seladas de Césio 137, encontravam-se desaparecidas, havendo probabilidade de terem sido furtadas.
Vale sempre lembrar que em setembro de 1987, uma cápsula de césio-137, furtada de um instituto em Goiânia, provocou um dos maiores acidentes radioativos, com quatro mortes imediatas e centenas de contaminados. O caso do césio-137 em Goiânia produziu toneladas de lixo radioativo e prejuízos incalculáveis, com a demolição de casas, entre outros problemas.
Segundo a CNEN, neste caso, agora estas fontes são “duplamente encapsuladas com aço inoxidável e blindadas externamente em aço inox, resistente ao impacto”. Com atividade individual de 5 mC (unidade de atividade) compunham equipamentos medidores de densidade, sendo classificadas como de categoria 5, de baixo risco, informou a Comissão. Técnicos do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), unidade da CNEN localizada em Minas Gerais, se dirigiram ao local na sexta-feira, 30, para levantar todas as informações a respeito do evento e verificar as ações dos técnicos de radioproteção da empresa.
“Apesar de as autoridades policiais já terem sido acionadas, a empresa continua com a investigação interna e na procura das fontes”. “Os técnicos da CNEN permanecerão no local, apoiando as atividades de busca para a localização das fontes seladas extraviadas. A mineradora está regularmente licenciada pela CNEN e tem autorização para operação vigente até 30/12/2025”.
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