Câmara Municipal de Poços de Caldas debate nesta terça-feira a inclusão de pessoas com epilepsia no atendimento preferencial
Na sessão desta terça-feira, 12 de março, a Câmara Municipal de Poços de Caldas coloca em pauta a discussão sobre a inclusão das pessoas com epilepsia no atendimento preferencial. O projeto de lei, de autoria do vereador Douglas Eduardo de Souza, Dofu, propõe garantir tratamento prioritário a esse grupo, reconhecendo os desafios enfrentados por aqueles que vivem com essa condição.
O vereador fundamenta sua proposta destacando a necessidade de priorizar o bem-estar e a qualidade de vida dos portadores de epilepsia. O projeto visa estender a essas pessoas o direito ao atendimento prioritário em todos os estabelecimentos públicos e privados de Poços de Caldas, alinhando-se com as políticas de inclusão de outros grupos já contemplados, como pessoas com deficiência, idosos, gestantes, entre outros.
Para comprovar a condição de portador de epilepsia e ter acesso ao atendimento preferencial, será necessário apresentar declaração médica ou carteira de identificação que ateste a condição.
Epilepsia
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a epilepsia afeta aproximadamente 2% da população brasileira e cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo.
A epilepsia é uma condição caracterizada pela ocorrência de crises que podem se manifestar em convulsões ou outros sintomas, como ausências, devido à atividade elétrica anormal no cérebro. Esses episódios são resultado do comportamento hiperexcitável de um grupo de células cerebrais.
Segundo a Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, muitos pacientes com epilepsia grave necessitam de medicamentos ao longo da vida para controlar os acessos frequentes e incontroláveis, e alguns podem até ser candidatos a intervenções cirúrgicas.
A condição não afeta apenas o Brasil; em todo o mundo, estima-se que entre 0,5% a 1% da população seja afetada pela epilepsia. E diversos fatores podem estar associados ao seu desenvolvimento, como lesões cerebrais, infecções, complicações peri-parto e desordens genéticas.
As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras, desde convulsões até episódios de desligamento temporário, onde a pessoa fica com o olhar fixo e perde contato com o ambiente ao seu redor. O diagnóstico da epilepsia geralmente envolve exames como eletroencefalograma, tomografia de crânio e ressonância magnética do cérebro.
O tratamento da epilepsia é baseado em medicamentos que ajudam a evitar as descargas elétricas anormais no cérebro. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) presta assistência por meio da Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Neurológica, com hospitais habilitados para atender pacientes com epilepsia, incluindo serviços de investigação e cirurgia.
Além dos aspectos clínicos, a prevenção da epilepsia também é destacada, com ênfase na importância do acompanhamento pré-natal adequado e controle dos fatores de risco para doenças cerebrovasculares, que podem contribuir para a redução dos casos de epilepsia relacionados a problemas no parto e acidentes vasculares cerebrais.
25% dos pacientes com epilepsia no Brasil têm estágio grave, alerta Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde destaca que aproximadamente 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil enfrentam um estágio grave da doença. Este dado reforça a necessidade de conscientização, inclusão e acesso a tratamentos adequados para essa condição neurológica.
Inclusão
É importante destacar que, mesmo quando os sintomas não são imediatamente evidentes, a epilepsia ainda representa um desafio significativo para aqueles que vivem com essa condição, justificando a importância de medidas de inclusão e suporte.
Fontes: Câmara municipal de Poços de Caldas, OMS e Ministério da Saúde.
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