A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta terça-feira (23) uma projeção indicando que a conta de luz dos brasileiros deve registrar um aumento médio de 5,6% em 2024. Em 2023, a estimativa da Aneel era de um aumento médio de 6,8%, porém, a alta efetiva ficou abaixo, atingindo 5,9%.

Três principais fatores contribuem para esse aumento:

1. A energia contratada no mercado cativo, onde o consumidor não pode escolher seu fornecedor, resultando na compra obrigatória da distribuidora local.

2. A expansão da rede de transmissão.

3. O aumento da conta de subsídios, que alcançará um valor recorde em 2024, totalizando R$ 37,2 bilhões.

Esse montante de subsídios será majoritariamente suportado pelos consumidores de energia, representando 88% do total. A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que agrupa esses subsídios, inclui multas aplicadas pela Aneel, recursos de pesquisa e desenvolvimento, valores pagos por hidrelétricas pelo uso do bem público, recursos da Reserva Global de Reversão (RGR), aportes do Tesouro Nacional e cotas pagas pelos consumidores.

Ao longo dos anos, a crescente participação dos consumidores na CDE, aliada à diminuição da contribuição da União, tem levado a um aumento significativo nos custos suportados pelos consumidores de energia elétrica. Esse cenário destaca a necessidade de uma gestão cuidadosa dos recursos e políticas setoriais para equilibrar a equação tarifária.

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