A ponte sobre o rio Soberbo, em Caldas, sucumbiu às fortes chuvas do último final de semana, resultando em consequências graves para a comunidade local. Com o acesso comprometido, os trabalhadores terceirizados da INB, que dependiam dessa rota, agora são forçados a utilizar a estrada de Poços de Caldas, acordando uma hora mais cedo para cumprir seus compromissos laborais.

Essa interdição não afeta apenas os trabalhadores da INB. Residentes de Caldas que diariamente se dirigem a Roseiras/Andradas e outras localidades vizinhas também enfrentam a necessidade de recorrer à rota alternativa por Poços de Caldas, acarretando em custos adicionais devido ao pedágio no KM 14 da estrada MG146, cujo valor é de R$9,20 por passagem.

O Plano de Ações de Emergência (PAE) da barragem de rejeitos da INB, crucial em caso de ruptura, encontra-se comprometido. As autoridades locais, em conjunto com a defesa civil, agora estão diante do desafio de desenvolver um novo acesso em resposta a essa emergência, uma tarefa de magnitude considerável.

Estima-se que a construção de uma nova ponte leve mais de sessenta dias para ser concluída, um prazo que pode ser ainda maior dependendo das condições climáticas e logísticas. Esse transtorno afeta não apenas os trabalhadores e residentes locais, mas também o escoamento de produtos da zona rural, impactando a economia local de forma significativa.

Diante dessa situação crítica, a prefeitura de Caldas aguarda ansiosamente o parecer da INB quanto ao auxílio necessário neste momento de emergência. O presidente da INB, Adauto Seixas, comprometido em manter laços estreitos com os municípios, é encorajado a colaborar ativamente com Caldas na construção da ponte de acesso, oferecendo suporte indispensável à comunidade afetada.

Por outro lado, uma preocupação ainda mais alarmante assola a região. Após uma nova inspeção realizada na unidade da INB em Caldas, a estabilidade da barragem de rejeitos permanece sem ser atestada. O último relatório de segurança, datado do feriado anterior, revela uma preocupante falta de garantias quanto à segurança estrutural dessa barragem.

A assinatura do novo documento, na última sexta-feira (29), confirma que a inspeção de segurança regular, conforme estabelecido pelo relatório de segurança da barragem de 9 de março deste ano, foi conduzida. No entanto, a conclusão sobre a estabilidade da barragem de rejeitos não é positiva, indicando a persistência de incertezas quanto à sua segurança estrutural.

A situação da barragem ganhou destaque ao ser elevada ao nível 1 de emergência após a transferência da responsabilidade de fiscalização das estruturas para a Agência Nacional de Mineração (ANM) em dezembro de 2022. Desde então, a ANM tem reclassificado as barragens, e as de Caldas foram enquadradas no nível mais baixo de emergência. É importante destacar que a primeira inspeção de segurança realizada após essa transferência, em setembro do ano passado, também não resultou no atestado de estabilidade desejado.

A mudança de órgão fiscalizador trouxe à tona a situação da D4, uma estrutura da INB que foi considerada uma barragem e também classificada como nível 1 de emergência.

A equipe de reportagem da Sulminas TV contatou a coordenadora da Defesa Civil do município de Caldas, Inaê, o sargento Wander da Defesa Civil e também a Ianka do Meio Ambiente. Eles informaram que está prevista para a tarde desta terça-feira, dia 2, uma reunião entre as autoridades de Caldas e representantes da INB. O objetivo é discutir e definir as medidas a serem tomadas diante da situação emergencial.

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