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Vereadores Flavinho e Sansão expõem irregularidades e cobram transparência da Prefeitura no programa Amigo Promotor

Atualizado em 17/07/2025

 

O programa Amigo Promotor desta quinta-feira (17), exibido ao vivo pela Rádio Estúdio FM e pela Sulminas TV, recebeu os vereadores Flavinho Lima e Silva (MDB) e Marcos Sansão (PL). Em uma conversa franca com o promotor Dr. Glaucir Antunes Modesto e o jornalista Felipe Popó, os parlamentares abordaram temas delicados como irregularidades em contratos da gestão passada, a crise financeira da atual administração e a postura da Câmara frente aos desafios do município.

Rompimento político com o ex-prefeito e denúncias de irregularidades

Flavinho comentou abertamente o motivo de seu rompimento com o ex-prefeito Sérgio Azevedo, de quem foi aliado político por muitos anos.

“Quando a gente percebe que tem coisa errada, tenta corrigir e não é ouvido, é preciso procurar outro caminho. Meu compromisso é com a cidade, não com grupos”, disse.

Ao longo do programa, o vereador detalhou diversas denúncias que apresentou junto ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público e à Polícia Civil — entre elas, o caso da obra não executada nas Águas Minerais, cujo valor pago ultrapassa R$ 200 mil.
Segundo ele, a contratação previa aquisição e instalação de tubulação de aço inox, o que jamais ocorreu.

“Estamos falando de um serviço pago, mas não feito. E mesmo assim, a Prefeitura, inicialmente, respondeu que tudo estava em dia. Só depois da denúncia é que reconheceram o problema”, explicou.

Sansão, que foi diretor do local anteriormente, confirmou que essa compra não aconteceu durante sua gestão e que os serviços que coordenou foram restritos às exigências da Vigilância Sanitária, como melhorias nos banheiros e sala de envase.

Saúde: Ruptura com Salto de Pirapora expôs fragilidade da gestão anterior

Durante o programa, foi lembrado o episódio do rompimento do contrato entre a atual gestão e o convênio com a Santa Casa de Salto de Pirapora, ocorrido nos primeiros dias do governo Paulo Ney — eleito como sucessor político de Sérgio Azevedo. A rescisão repentina, que surpreendeu até aliados, foi considerada por alguns como um dos momentos mais simbólicos da ruptura com o modelo de saúde da gestão anterior — sendo vista, inclusive, como uma situação humilhante para a administração passada, que defendia o contrato como referência de eficiência na saúde.

Para o vereador Flavinho, a rescisão representou o reconhecimento, por parte da nova gestão, de que havia problemas estruturais graves no contrato firmado anteriormente:

“Eles mesmos acabaram confirmando denúncias que já vínhamos fazendo desde 2023. Não foi só uma mudança de governo, mas de postura diante de irregularidades.”

O episódio foi citado como um divisor de águas, que, na visão dos parlamentares, desfez de vez a imagem de excelência propagada pela gestão anterior.

Centro Administrativo e Complexo Santa Cruz sob investigação

Durante o programa, o vereador Flavinho Lima e Silva criticou a forma como estão sendo conduzidas as obras do novo Centro Administrativo e do Complexo Santa Cruz, apontando possíveis irregularidades e falta de fiscalização por parte do poder público.

Flavinho destacou que a construção de uma plataforma no terminal urbano, ao lado do Centro Administrativo, teve um aditivo contratual de aproximadamente R$ 890 mil, mas que essa obra não fazia parte do escopo original da licitação.

“Na minha visão, isso não é aditivo. Isso é uma obra nova, que teria que ter sido feita à parte”, afirmou.

Com relação ao Complexo Santa Cruz — que foi incluído como parte do pagamento à empresa responsável pela obra — o vereador alertou que a posse ainda não foi transferida oficialmente à construtora, e mesmo assim, há uma empresa atuando no local sob o argumento de que estaria fazendo uma doação de demolição.

No entanto, segundo Flavinho, a atuação no local já vai além de uma simples demolição, com indícios de que os trabalhos estariam se aprofundando, mesmo sem que a propriedade tenha sido oficialmente transferida para a empresa. O vereador também relatou que houve explosões, e que embora inicialmente tenha sido informado que se tratava de massa expansiva, posteriormente foi constatado o uso de pólvora.

“Aí todo mundo para e fica olhando. Não tem ninguém fiscalizando. Se é terreno da Prefeitura, tem que ser fiscalizado pela secretaria de obras. Se já foi repassado, é a secretaria de planejamento. Mas ninguém está lá”, afirmou.

Diante da gravidade das constatações, o vereador revelou que ele e outros parlamentares já estão articulando a contratação de uma auditoria independente, que deverá apurar todas as etapas do processo — desde a concepção do projeto, passando pela licitação, até a execução e a responsabilidade pela fiscalização das obras.

Crise financeira exige ajuste fiscal e diálogo

Tanto Flavinho quanto Sansão foram unânimes ao afirmar que a Prefeitura vive hoje uma crise financeira severa, perceptível em diversas áreas da administração pública e na dificuldade de manter serviços e compromissos em dia.

Flavinho cobrou do prefeito Paulo Ney mais transparência com a população:

“Ele precisa abrir o jogo. Mostrar como pegou a Prefeitura, quais são as dívidas, o que está sendo feito. A população entende. Mas não dá para administrar crise escondendo a realidade.”

Ele também alertou para a gravidade da situação financeira:

“A Prefeitura não consegue manter fornecedores em dia, e ainda assim, tenta negar a crise. É preciso um ajuste fiscal sério e coragem para agir com responsabilidade.”

Além disso, fez um apelo em relação ao Jardim Botânico, afirmando que tem recebido ligações de moradores preocupados com o que está acontecendo no local:

“Estou recebendo telefonemas de pessoas chorando. Não vamos aceitar o que está acontecendo lá. Tudo será apurado, mas do jeito que está, não pode continuar.”

Câmara firme e respeitada

Ambos os vereadores destacaram o protagonismo da atual legislatura, que segundo eles vem resgatando a credibilidade do Legislativo municipal.

“É uma Câmara proativa, independente, fiscalizadora. Não passamos pano. Atuamos com base na legalidade”, afirmou Flavinho.

Sansão reforçou:

“Não somos oposição sistemática. Votamos a favor quando concordamos e contra quando discordamos. Essa independência é o que garante o respeito da população.”

Assista ao Programa Amigo Promotor na íntegra: 

 

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