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Veículo cai na ponte colapsada da Avenida Celanese, interditada desde 2024

Atualizado em 15/07/2025

 

Estrutura permanece sem obras; Prefeitura negocia reconstrução sem licitação e sem prazo definido

No início da tarde desta terça-feira (15), um carro caiu em um buraco na ponte colapsada da Avenida Celanese, na zona oeste de Poços de Caldas. O acidente aconteceu no ponto onde parte da estrutura desabou em dezembro de 2024. Apesar da sinalização com manilhas no local, o motorista não percebeu o obstáculo e acabou se envolvendo no acidente. Ninguém ficou ferido.

A ponte da Avenida Celanese é uma via estratégica que liga bairros residenciais a áreas industriais de Poços de Caldas. Desde o desabamento, no dia 9 de dezembro de 2024, o trecho permanece interditado para o tráfego de veículos. Ao longo de sete meses, a única estrutura instalada no local foi uma passarela improvisada para pedestres, construída pela Prefeitura.

Prefeitura negocia obra sem licitação

No fim de junho, a Prefeitura de Poços de Caldas informou que as tratativas para a reconstrução da ponte haviam avançado. A atualização foi enviada oficialmente à Câmara Municipal em resposta ao Requerimento nº 1521/2025, de autoria do vereador Marcus Eliseu Togni, que solicitava informações sobre o andamento do processo.

Segundo a administração municipal, houve progresso nas negociações com empresas privadas para formalização de doações de recursos financeiros, materiais e serviços, permitindo que a obra seja executada sem custos para os cofres públicos.

“Essas tratativas estão focadas na formalização de doações, o que permitirá que a obra seja realizada sem ônus para o município”, destacou o ofício assinado pelo prefeito Paulo Ney de Castro Júnior.

Em razão desse modelo de colaboração, a Prefeitura explicou que não será aberto edital de licitação. A gestão técnica do projeto, incluindo a elaboração do projeto executivo, o acompanhamento e a fiscalização dos serviços, ficará sob responsabilidade do Município.

Documentos tradicionais não serão apresentados

Em resposta ao pedido do vereador Marcus Togni para envio de documentos como planilha de quantitativos, Estudo Técnico Preliminar, Termo de Referência e edital, a Prefeitura esclareceu que, como a obra será viabilizada por meio de doações, esses documentos não são exigidos, uma vez que não haverá processo licitatório.

Mudança de condução gera críticas

A nova condução do caso provocou reações na Câmara Municipal. O vereador João Batista da Silva, o Tista da Farmácia, apresentou o Requerimento nº 2039/2025, solicitando esclarecimentos adicionais sobre o novo modelo adotado pela Prefeitura.

O parlamentar questionou a falta de informações públicas e detalhadas sobre as negociações. Segundo ele, em abril deste ano, a administração municipal havia comunicado que a obra seguiria os trâmites tradicionais, com estudo técnico, termo de referência, publicação de edital e abertura de propostas.

“No momento, tudo isso não passa de uma ideia. A Prefeitura não informou nada sobre as tratativas: quem são as empresas, quais valores, quais materiais e serviços seriam doados. Tudo indica que voltamos à estaca zero. A única informação clara é que não haverá licitação”, afirmou o vereador no documento.

Pedido oficial de informações

No novo requerimento, que ainda não obteve resposta, Tista da Farmácia solicitou que a Prefeitura informe:

  • Quais empresas estão negociando com o Município;
  • Se há protocolos de intenção ou atas registradas das reuniões;
  • Quais valores, materiais e serviços seriam doados e por quais empresas;
  • Se o projeto executivo já está concluído e, em caso afirmativo, que seja enviado à Câmara;
  • Qual a previsão para o início das obras;
  • E se haverá contrapartidas exigidas das empresas doadoras.

 

 

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