Subsídio de R$ 15 milhões pode reduzir tarifa e manter transporte coletivo funcionando em Poços de Caldas
Atualizado em 12/12/2025
Projeto prevê repasse mensal à Floramar e pode baixar a passagem de R$ 6 para R$ 5 caso aprovado na Câmara; enquanto isso, usuários cobram melhorias no serviço
O transporte coletivo de Poços de Caldas enfrenta uma crise financeira, que pode comprometer sua continuidade. A Auto-Ônibus Floramar, responsável pelo serviço na cidade, encaminhou um ofício à Câmara Municipal detalhando a situação crítica do sistema. O documento de 13 páginas destaca a queda contínua no número de passageiros, o aumento das gratuidades e os prejuízos acumulados como fatores que podem levar ao colapso do serviço.
De acordo com a Floramar, a projeção de 2023 aponta para uma média de 553 mil passageiros pagantes por mês, uma redução de quase 19% em comparação com 2022, quando o número era de 681 mil. Para reverter esse quadro, a empresa alega que um subsídio de R$ 15 milhões, proposto em um projeto de lei em tramitação, é essencial para o equilíbrio financeiro do transporte coletivo.
Repasse de R$ 15 milhões pode baixar a tarifa
O projeto, que será discutido na próxima terça-feira (16), prevê o repasse de R$ 15 milhões à Floramar, distribuídos ao longo de 12 meses. Caso o projeto seja aprovado, a tarifa do transporte coletivo pode ser reduzida de R$ 6 para R$ 5. O diretor do Departamento de Trânsito de Poços de Caldas, Douglas Reis Moreira, explicou que o subsídio contribuiria para estabilizar a situação financeira do transporte, permitindo a implementação de estratégias a médio e longo prazo para atrair mais passageiros.
“Com a aprovação do subsídio, conseguiremos reverter esse cenário e trabalhar para equilibrar o sistema, tornando-o mais eficiente e atrativo para os usuários”, afirmou o diretor.
Usuários cobram mais do serviço
Enquanto o debate sobre o projeto segue na Câmara Municipal, os usuários do transporte coletivo de Poços de Caldas têm expressado suas insatisfações com a qualidade do serviço. Letícia Bergmann, recrutadora e moradora de um dos bairros mais afetados pela redução de ônibus, relata que a diminuição das linhas tem dificultado seu deslocamento.
“A quantidade de ônibus diminuiu muito nos últimos anos. Onde moro, não tem um ônibus específico para minha casa, e se eu precisar pegar duas linhas, fico mais de uma hora para chegar”, disse Letícia.
Maria José Roque, diarista e líder do movimento “Tarifa Justa”, também critica a falta de melhorias no serviço. Para ela, a discussão sobre a tarifa não deve ser a única preocupação, já que há deficiências nos horários e na infraestrutura do transporte.
“O que precisamos é de mais ônibus, mais horários e pontos de parada cobertos. Hoje, os ônibus estão em condições precárias e a população merece mais qualidade no serviço”, afirmou Maria José.
A Câmara Municipal de Poços de Caldas deve votar o Projeto de Lei que prevê o subsídio à Floramar na próxima terça-feira (16), mas as dúvidas sobre a qualidade do transporte coletivo continuam a gerar discussões entre os moradores da cidade.
Fonte: Com informações de G1.
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