Recuperação das rodovias de Minas Gerais custaria R$ 15,87 bilhões
Pesquisa da CNT aponta precariedade e 338 pontos críticos nas estradas do Estado
Minas Gerais enfrenta desafios críticos em sua malha rodoviária, com a necessidade de um investimento de R$ 15,87 bilhões para a recuperação completa das estradas, conforme aponta a Pesquisa CNT de Rodovias 2024, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). O levantamento avaliou 15.589 quilômetros de rodovias no Estado e revelou um cenário preocupante.
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Dos recursos estimados, R$ 12,1 bilhões são destinados a ações emergenciais – sendo R$ 533,7 milhões para reconstrução de estradas e R$ 11,6 bilhões para restauração – enquanto R$ 3,7 bilhões seriam aplicados em manutenção.
Condições alarmantes
De acordo com o estudo, 76,5% da extensão analisada apresentam condições gerais classificadas como regulares (40,1%), ruins (28,6%) ou péssimas (7,8%). O pavimento também está em estado crítico: 1% está completamente destruído. Além disso, a sinalização das vias é precária, com 4,5% sem faixa central e 13,1% sem faixas laterais.
Outro dado preocupante é a predominância de pistas simples (88,2%), muitas sem acostamento (41,4%) e com curvas perigosas sem sinalização adequada (28,8%). A pesquisa identificou 338 pontos críticos nas rodovias mineiras, incluindo quedas de barreiras, grandes buracos, pontes estreitas e erosões. Esses problemas não apenas aumentam os riscos de acidentes, mas também elevam os custos operacionais dos transportadores.
Impactos econômicos e sociais
A má qualidade das estradas gera impactos financeiros significativos. Segundo a CNT, o custo operacional do transporte no Estado é 37,4% maior devido às condições do pavimento, prejudicando a competitividade econômica. Além disso, estima-se que 187,3 milhões de litros de diesel serão consumidos desnecessariamente em 2024, resultando em um gasto adicional de R$ 1,08 bilhão.
Os acidentes nas rodovias mineiras também representam um grande prejuízo: no ano passado, os custos associados a acidentes totalizaram R$ 1,94 bilhão.
Propostas de solução
A CNT destaca a urgência de ampliar os investimentos públicos e apresenta propostas para melhorar a malha rodoviária brasileira. Entre as sugestões está a aprovação da PEC nº 1/2021 (PEC da Infraestrutura), que poderia aumentar os recursos para o setor.
A entidade também defende a continuidade das concessões rodoviárias e a promoção de parcerias público-privadas (PPPs) para manutenção das estradas, reduzindo a dependência do orçamento público.
Outro ponto enfatizado é a aprovação do Projeto de Lei nº 11.057/2018, que impede o contingenciamento de recursos do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset). A CNT afirma que a utilização integral desses recursos pode fortalecer a fiscalização e aprimorar a sinalização das rodovias, especialmente em áreas com altos índices de acidentes.
Com o transporte rodoviário responsável por 65% da movimentação de cargas e 90% do transporte de passageiros no Brasil, a qualidade das estradas é fundamental para garantir eficiência, segurança e menores custos logísticos. A recuperação das rodovias mineiras, portanto, é essencial não apenas para o Estado, mas para a competitividade nacional.
Fontes: CNT e Diário do Comércio.
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